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    Corpo de jovem de SG estava com fraturas; veja o local onde foi achado

    Lucas Celestino tinha saído para correr e não voltou para casa

    Publicado 09/04/2025 às 15:23 | Autor: Tayná Ferreira
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    Tia-avó de Lucas foi amparada por familiares no local onde o corpo foi encontrado
    Tia-avó de Lucas foi amparada por familiares no local onde o corpo foi encontrado |  Foto: Lucas Alvarenga

    Encontrado em uma área de mata às margens da Rodovia Niterói-Manilha (BR-101), na altura do bairro Porto do Rosa, em São Gonçalo, na manhã desta quarta-feira (9), o corpo de Lucas Celestino, de 27 anos, apresentava ferimentos, segundo informações do irmão de Lucas, Márcio Celestino. Além disso, um par de tênis foi encontrado longe corpo. De acordo com a família, a polícia trabalha com a hipótese de atropelamento.

    "Os policiais encontraram fraturas no corpo dele. Se foi um atropelamento, será que ninguém ouviu a batida? Ninguém viu? O corpo do meu irmão foi parar tão longe", indagou Márcio Celestino.

    Segundo o irmão e os familiares, eles buscam informações sobre o último momento de Lucas através das câmeras da rodovia e afirmam que a cena é uma tragédia.

    "Muito triste, as autoridades vão ter que analisar as imagens das câmeras para ver como foi a morte dele. Tem algumas câmeras por aqui, nos falaram que uma delas não filmava de muito longe, mas espero que consigam ver quem fez isso", mencionou um membro da família.

    O corpo de Lucas foi encontrado por seus amigos, que fazem parte de um grupo de atletas. Após se reunirem na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), na manhã desta quarta, os amigos iniciaram uma nova busca pela região onde o atleta costumava correr. Durante as buscas, encontraram um tênis e uma garrafa nas proximidades, antes de localizar o corpo, que estava caído em uma área de mata. O corpo foi reconhecido no local pelo irmão de Lucas.

    O que chamou a atenção de amigos e familiares foi a distância em que o corpo foi encontrado e a localização do tênis. O par de tênis de corrida estava a pelo menos 10 metros de distância um do outro. No local, uma tia-avó do jovem precisou ser amparada por familiares.

    • Corpo de jovem de SG estava com fraturas; veja o local onde foi achado
      | Foto: Lucas Alvarenga
    • Corpo de jovem de SG estava com fraturas; veja o local onde foi achado
      | Foto: Lucas Alvarenga
    • Corpo de jovem de SG estava com fraturas; veja o local onde foi achado
      | Foto: Lucas Alvarenga
    • Corpo de jovem de SG estava com fraturas; veja o local onde foi achado
      | Foto: Lucas Alvarenga

    Ainda na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, ao receberem a informação sobre a localização do corpo, Maria Eduarda e a mãe de Lucas, Juliana Celestino, passaram mal e precisaram ser atendidas por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

    Até o momento, não há informações sobre o local e horário do sepultamento de Lucas Celestino.

    'Amigo fiel'

    Essas foram algumas das palavras de Alexandre dos Santos, de 25 anos, amigo de Lucas desde os 15, e que acompanhou sua trajetória de vida. Emocionado, Alexandre contou que eles eram muito próximos e sempre estavam juntos.

    "Fazíamos praticamente tudo junto, vimos um ao outro crescer, ele me dava muito conselhos. A gente se via praticamente todo dia, quase dormíamos um na casa do outro", relatou.

    O amigo se emocionou ao falar que viu Lucas casar, realizar seus sonhos e, ainda não consegue acreditar na partida do amigo de adolescência. 

    Aspas da citação
    Parece um sonho. A ficha ainda não caiu, não dá para acreditar
    Alexandre dos Santos, de 25 anos, amigo de Lucas
    Aspas da citação

    Alexandre ainda relata estar incrédulo sobre a hipótese de um possível atropelamento e sobre a falta de socorro ao seu amigo. "Como é o ser humano, né? Se realmente foi atropelamento, se tivessem salvado ele, ele estaria vivo agora com a gente."

    Mais cedo, ainda com esperança de encontrá-lo com vida, amigos e familiares falaram com a nossa equipe e destacaram as qualidades de Lucas. Segundo Vera Lessa, amiga e integrante do grupo de corrida ao qual ele fazia parte, o atleta era um jovem exemplar. “Ele era muito dedicado, cristão, educado. Tinha um jeitão de adolescente, sabe? Brincava, falava com todo mundo”, relatou, emocionada.

    Perigo de correr na BR-101

    Segundo um corredor que preferiu não se identificar, ele já havia corrido com Lucas em outras ocasiões e destacou que parou de correr na rodovia devido ao perigo e à insegurança. "Eu corria sempre por aqui, até que passei por um susto. Uma vez, um carro veio para cima de mim e quase me atropelou. Desde esse dia, parei de correr por aqui", explicou o homem.

    Relembre o caso

    Na terça-feira (8), Maria Eduarda, de 26 anos, esposa do atleta, percebeu o desaparecimento do marido por volta das 7h30, ao acordar e notar que Lucas Celestino ainda não havia retornado da corrida matinal. Segundo ela, Lucas deveria estar no trabalho às 8h40, no estacionamento do shopping Multicenter, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, onde atuava há oito meses como operador.

    Estranhando a ausência, ela entrou em contato com dois supervisores do marido, que confirmaram que ele não havia comparecido ao trabalho. “Mandei mensagem para um supervisor e para outro chefe, e eles informaram que o Lucas não tinha ido. Ele saiu de casa sem nada”, contou.

    Desesperada, a jovem revelou que tem um trauma relacionado a esse tipo de situação, pois perdeu uma amiga em circunstâncias semelhantes. Por isso, sempre pedia ao marido que avisasse onde estava. Ela acredita que, como havia dormido tarde na noite anterior, Lucas tenha evitado acordá-la antes de sair. "Acho que teve pena de me acordar e saiu sem fazer barulho. Quando levantei, ele não estava. As coisas dele estão todas aqui. Ele saiu só para correr mesmo", disse.

    Maria Eduarda então mobilizou familiares e amigos, incluindo a mãe de Lucas, Juliana Celestino, para iniciar as buscas.

    Vizinhos relataram ter visto Lucas se aquecendo na rua antes da corrida. “Como ele começa a correr daqui mesmo, se aquece na rua e vai direto até a BR. É o que ele sempre faz”, explicou Maria Eduarda.

    Familiares e amigos se dividiram em grupos e percorreram diversos bairros de Niterói e São Gonçalo em busca de pistas sobre o paradeiro de Lucas, que nunca havia ficado tanto tempo fora de casa sem dar notícias.

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