Violência
Comunidades da Zona Oeste têm segurança reforçada após conflitos
Criminosos tentam retomar territórios de milicianos na região
O clima de tensão continua constante na Cidade de Deus, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15). A comunidade, que é palco de confrontos entre milicianos e traficantes há dez dias, teve intervenção da Polícia Militar, que tenta controlar a situação. Muitos moradores seguiam suas rotinas, mas em sinal de alerta. No entorno da região, o comércio permaneceu funcionando normalmente.
Por volta das 10h desta quarta, nenhum tiroteio foi registrado. Até o momento, também não há informações de feridos. No entanto, dois traficantes foram presos pela PM. Além disso, agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) e 9º BPM (Rocha Miranda) apreenderam dois fuzis, uma réplica de pistola, uma pistola, munições, uma granada, um rádio transmissor e drogas na Cidade de Deus nesta manhã. Barricadas estão sendo retiradas da comunidade. O material apreendido foi levado para a 32ª DP (Taquara).
A Clínica da Família Lourival Francisco de Oliveira está fechada por se localizar em uma área de tensão. A Clínica da Família José Neves, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Posto de Saúde Hamilton Land seguem abertos. Dentro da comunidade, alguns comércios estão fechados.
Na comunidade, o clima é de tensão. Diversos são os moradores que estão com medo. Pela região, estão localizadas diversas viaturas da Polícia Militar.
Os confrontos seriam da disputa de territórios entre traficantes e milicianos. Os confrontos atuais ocorrem nas regiões da Muzema e Gardênia Azul e estão relacionados com criminosos da Cidade de Deus, que estariam participando de pelo menos uma das invasões, conforme apura a Polícia Civil.
As equipes policiais atuam preventivamente na região para coibir ações criminosas e garantir a segurança dos moradores.
Na noite de terça-feira (24), houve um confronto armado. Moradores chegaram a queimar objetos e interditar a Estrada Miguel Salazar, uma rua da região, no mesmo dia. Os moradores protestavam por causa da violência no local.
Na última semana, uma jovem de 17 anos foi baleada nesses confrontos. Um entregador de farmácia foi assassinado na Zona Oeste, também durante o confronto. Ele foi identificado como Luiz Henrique da Silva Gonçalves. No fim de semana, Rodrigo Dias, conhecido como Pokémon, foi morto após trocar tiros com policiais no Anil. Ele era considerado um dos chefes da milícia na Muzema.
Outras mortes estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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