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    Sem comissões

    Urgência para projeto que equipara aborto a homicídio é aprovada

    Votação na Câmara dos Deputados durou apenas 23 segundos

    Publicado 13/06/2024 às 16:35 | Autor: Enfoco
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    Decisão significa que o projeto será votado diretamente pelo plenário
    Decisão significa que o projeto será votado diretamente pelo plenário |  Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

    A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (12), a urgência do projeto de lei que propõe equiparar o aborto ao crime de homicídio. A decisão significa que o texto será votado diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões que normalmente debateriam e refinariam o projeto. A votação, realizada de forma simbólica, durou apenas 23 segundos.

    Segundo informações do portal "G1", parte dos deputados presentes não perceberam que a urgência do projeto estava em pauta. Mesmo assim, não houve protestos imediatos durante a votação. Posteriormente, parlamentares dos partidos PSOL e PCdoB manifestaram seu descontentamento com a maneira como a votação foi conduzida.

    A votação simbólica, utilizada nessa ocasião, é uma prática comum quando há consenso sobre uma matéria ou quando os parlamentares desejam evitar comprometimentos em temas polêmicos. Nesse tipo de votação, não há registro individual de votos, facilitando uma rápida aprovação.

    O projeto de lei em discussão propõe endurecer as penas para o aborto. Se aprovado, a interrupção da gravidez em fetos com mais de 22 semanas poderá resultar em penas que variam entre 6 e 20 anos de prisão, dependendo das circunstâncias em que o procedimento for realizado.

    Deputado Eli Borges (PL-TO), autor do pedido de urgência
    Deputado Eli Borges (PL-TO), autor do pedido de urgência

    Essa proposta tem potencial para acirrar ainda mais o debate sobre o aborto no Brasil, um tema já altamente polarizado. Se a lei for aprovada, as implicações serão significativas tanto para as mulheres quanto para os profissionais de saúde envolvidos em procedimentos de aborto.

    No Brasil, o aborto é permitido em três circunstâncias: quando o feto é anencéfalo, quando a gravidez resulta de estupro ou quando há risco de vida para a mãe. Fora desses casos, o aborto é considerado crime, embora com penas relativamente brandas.

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