Segurança
Justiça determina escolta policial para vereadora Benny Briolly
A decisão foi do juiz Antonio Henrique Correa da Silva
A vereadora Benny Briolly (PSOL) será escoltada por policiais militares na Região Metropolitana do Rio, por decisão da Justiça, devido à alta violência contra ativistas. A decisão ainda inclui que a proteção deve ser feita dentro de prédios, se solicitado pela parlamentar.
A decisão de proteção para primeira vereadora trans eleita em Niterói foi acatada pelo juiz Antonio Henrique Correa da Silva, da 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
"A medida extrema de disponibilização de escolta policial justifica-se pelo histórico de violência contra ativistas defensores dos direitos humanos", iniciou o magistrado.
O pedido de escolta policial veio através do Ministério Público Federal, por meio de uma ação civil pública, contra a União e o Estado do Rio.
"As manifestações posteriores demonstram que o cenário de ameaças migrou do ambiente virtual para o real, denotando uma exacerbação do risco infligido à parlamentar", constatou o juiz.
Antonio Henrique ainda justificou que a parlamentar já realizou várias ocorrências de ameaças verbais e psicológicas tanto verbais quanto nas rede sociais.
Em maio de 2021, a parlamentar chegou a deixar o país depois de receber ameaças de morte. Entre elas, uma muito séria foi por e-mail, no qual citava o endereço da vereadora e exigia que ela renunciasse ao cargo. Caso contrário, ela seria morta em casa. Benny também sofreu com comentários nas redes sociais desejando que "a metralhadora do Ronnie Lessa" (acusado de ter matado Marielle Franco) a atingisse.
Em julho de 2022, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu medidas cautelares para a vereadora.
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