Prisão
Viúva de Moisés da Vila comemora prisão de bicheiro: 'Aqui se paga'
Shayene Cesário fez uma postagem sem citar Capitão Guimarães
A viúva de Wilson Vieira Alves, mais conhecido como Moisés da Vila, executado em um posto de gasolina no dia 25 de setembro na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, comemorou a prisão do Capitão Guimarães nas redes sociais sem citar o nome dele.
"Aqui se faz… Mas é aqui mesmo que se paga', escreveu Shayene Cesário em seu perfil no Instagram, fazendo alusão à prisão do bicheiro.
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Guimarães indicou Moisés para a presidência da escola de samba Vila Isabel. Posteriormente, eles tiveram desavenças. O capitão ainda é considerado patrono da Vila Isabel, e mantém forte ligação com a agremiação.
O bicheiro é um dos nomes mais conhecidos da contravenção no Rio e é apontado pela polícia como o mandante de um assassinato acontecido em julho de 2020, ocorrido em um posto de combustível de São Gonçalo. Aílton Guimarães Jorge foi preso na manhã desta quarta-feira(7) durante a operação Sicário, ação que ocorreu em conjunto com o Ministério Público, e possui o objetivo de cumprir três mandados de prisão e outros 17 de busca e apreensão.
"Dia de extrema alegria. Louvado seja Deus pela derrota do inimigo. A Justiça Divina não falha. Aqui se faz… Mas é aqui mesmo que se paga. Saudades eterna, Moisés", publicou a viúva, junto com uma foto de Moisés comemorando com a escola de samba Vila Isabel, onde chegou a ser presidente.
Relembre o caso
Wilson seguia para a quadra da Portela, em Madureira, onde sua esposa Shayene é musa. No local, ocorria a eliminatória do samba-enredo. A morte dele foi anunciada durante o evento e um minuto de silêncio foi feito em homenagem a Wilson.
Moisés, como Wilson era conhecido, iniciou na Vila Isabel em 2004 e depois conseguiu chegar à presidência da agremiação. Em 2006, ele estava à frente da escola quando ela conquistou o título de campeão do Grupo Especial. Militar reformado, ele era sargento da Brigada de Infantaria Paraquedista antes de assumir a direção da agremiação.
O filho de Wilson, Wilsinho, assumiu a diretoria da escola após a saída do pai.
Câmeras de segurança registraram o exato momento em que Moisés da Vila, é executado. A ação durou cerca de 15 segundos. No registro, um homem desce de uma motocicleta e executa o homem. Moisés estava acompanhado da esposa e a filha de 9 anos. Os suspeitos fugiram de moto em seguida.
Wilson foi preso pela Polícia Federal em abril de 2010, em sua casa em Copacabana, na Zona Sul do Rio, após ser acusado de envolvimento na máfia dos caça-níqueis, com atuação na região de Niterói e São Gonçalo. Em 2011, a 4ª Vara Federal de Niterói o condenou a 23 anos, um mês e dez dias de prisão. Sua defesa entrou com um pedido de habeas corpus e ele conseguiu deixar a prisão em 2012.
Em sua vida, ele foi acusado de contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa. Segundo denúncias, ele pagava policiais para informarem a ele quando teriam operações. Dessa forma, ele se preparava para que seu esquema de caça-níqueis não fosse prejudicado.
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