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    Inimigo oculto

    Sargento do Bope é preso apontado como informante do CV

    Policial militar vazava informações sobre operações

    Publicado 08/12/2025 às 11:18 | Autor: Enfoco
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    Entre os detidos está um 2º sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
    Entre os detidos está um 2º sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) |  Foto: Divulgação

    A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira (8), durante a Operação Tredo, dois policiais militares suspeitos de repassar informações sobre ações policiais à liderança do Comando Vermelho (CV). Entre os detidos está um 2º sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), apontado como informante de Carlos da Costa Neves, o “Gardenal”, gerente-geral do tráfico no Complexo da Penha e responsável pela expansão da facção na Grande Jacarepaguá.

    Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro. A operação contou com o apoio do Bope e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).

    Um dos alvos já havia sido preso na Operação Contenção, deflagrada no mês passado. Durante a ação, foram apreendidos três veículos e aparelhos celulares dos investigados.

    Investigações

    Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão e seis de busca e apreensão
    Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão e seis de busca e apreensão |  Foto: Reprodução

    As apurações tiveram início a partir do compartilhamento de informações relacionadas à atuação de um militar da Marinha do Brasil no fornecimento de drones e no treinamento de integrantes da facção para o uso desses equipamentos. A troca de informações foi autorizada judicialmente no âmbito da Operação Buzz Bomb, deflagrada pela PF em setembro de 2024.

    Com base nesses dados, uma nova investigação identificou policiais militares que repassavam informações às lideranças do CV sobre operações policiais planejadas em comunidades sob domínio da facção, com o objetivo de frustrar a atuação dos órgãos de segurança. Essa conduta permitia que os criminosos se organizassem previamente para reagir a ações legítimas das forças policiais.

    O cumprimento dos mandados também visa aprofundar as investigações e identificar outros integrantes da facção que possam estar infiltrados na estrutura estatal.

    Os investigados deverão responder pelos crimes de integração a organização criminosa armada, corrupção passiva e ativa, homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e violação de sigilo funcional.

    O 2º sargento do Bope ainda era responsável pela escalação das equipes que participavam das operações. O outro preso é o PM Luciano da Costa Ramos Júnior. Entre os alvos da investigação estão Gardenal e Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, principal líder do CV ainda em liberdade.

    Operação

    A Operação Tredo integra a Missão Redentor 2, esforço contínuo da Polícia Federal para desarticular organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro, em conformidade com as diretrizes do Supremo Tribunal Federal na ADPF 635.

    O nome da operação, “Tredo”, significa traidor — aquele que rompe a confiança de outrem agindo com falsidade e deslealdade.

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