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    Polícia mira bando acusado de vender terrenos ilegais na Zona Oeste

    Dois integrantes já foram presos

    Publicado 13/01/2023 às 9:32 | Atualizado em 13/01/2023 às 10:31 | Autor: Enfoco
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    Operação conjunto entre o MPRJ e a Polícia Civil
    Operação conjunto entre o MPRJ e a Polícia Civil |  Foto: Reprodução

    Uma quadrilha acusada de vender terrenos clandestinos em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foi alvo de uma operação da Polícia Civil junto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, na manhã desta sexta-feira (13). Até o momento, dois integrantes foram presos.

    A quadrilha tem, ao menos, R$ 6 milhões em vendas de loteamentos ilegais. Investigações apontam também que a organização criminosa mantém vínculo com a milícia atuante na região. 

    A operação também cumpre 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo. Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital. 

    Operação também cumpre 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo

      

    As investigações, conduzidas pelo Ministério Público, junto com Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, da Polícia Civil, demonstraram que o grupo, que mantém conexão com organizações milicianas atuantes na região, construiu, sem qualquer autorização do poder público, quatro condomínios localizados em lotes clandestinos no bairro de Campo Grande: “Vivendas da Serra”, “Chácaras do Mendanha”, “Vivendas do Mendanha” e “Grand Park”, totalizando quase R$ 6 milhões em vendas ilegais. 

    Para erguer os quatro empreendimentos ilegais, a organização praticou crimes ambientais, tais como, supressão vegetal, inclusive vegetação de Mata Atlântica, corte de encostas, movimentação irregular de solo, terraplanagem e intervenção em Áreas de Preservação Permanente (APPs), com alteração, soterramento e até represamento de curso hídrico. Os crimes foram praticados para que se viabilizassem os cortes dos terrenos, necessários às obras do loteamento, e a abertura de vias internas.  

    Para atrair interessados e compradores, os anúncios dos lotes eram publicados em redes sociais e outras ferramentas de internet, e os locais contavam com a presença de corretores. Os denunciados Fabio Roberto de Oliveira de Alencar e Carlos Alberto da Souza Cruz, que tiveram a prisão preventiva decretada, lideram a organização criminosa, como financiadores das atividades ilegais e tendo pleno domínio das obras realizadas nos locais. Eles também utilizaram as empresas Construindo Alencar e Jessica Empreendimento Imobiliários, que tiveram suas atividades econômicas suspensas, para a realização das obras e dar aparência de legalidade aos empreendimentos. Eles foram denunciados pelo MPRJ à Justiça pelos crimes de organização criminosa, loteamento irregular do solo e crime ambiental. 

    Já os denunciados Marcio Cesar de Souza Ribeiro, que também teve a prisão preventiva decretada por possuir condenação anterior, e Victor Emanuel Coutinho da Silva Rodrigues, atuavam na negociação dos lotes, se portando como corretores, anunciando a venda e mostrando os locais para possíveis interessados. Eles vão responder por organização criminosa e loteamento irregular do solo.

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