Segurança
PM procura empresas após sequestro de ônibus de Maricá
Saltou para 27% o número de assaltos a coletivos no Rio
A Polícia Militar informou, nesta quinta-feira (3), que vai procurar as concessionárias de ônibus para discutir estratégias de segurança com o objetivo de frustrar futuras tentativas de roubo nos coletivos.
É que saltou para 27% o número de assaltos a ônibus só na cidade do Rio. Dados recentes do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam 2.769 registros entre janeiro e agosto de 2024, contra 2.185 no acumulado do ano passado. O último ataque ocorreu nesta manhã.
Terror
O coletivo da linha 2590R (Ponta Negra x Castelo), da Viação Nossa Senhora do Amparo, foi sequestrado por três assaltantes armados logo após descer a Ponte Rio-Niterói, por volta das 5h45 desta quinta-feira (3).
Os passageiros que saíram de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, viveram momentos de tensão enquanto os criminosos roubaram seus pertences e ameaçaram a todos, por cerca de 30 minutos. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).
Sem opções
Thiago Sena, bombeiro civil e morador de Maricá, foi uma das vítimas do sequestro e lamenta a falta de opções para quem depende desse transporte.
"Nós, que moramos em Maricá, não temos o que fazer. Depois do que aconteceu hoje, gostaríamos de mudar de ônibus, mas não temos outra viação que faça esse trajeto. Infelizmente, somos obrigados a enfrentar esse risco", desabafou.
Sindicato lamenta
Já o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado (Setrerj) manifestou sua preocupação com o aumento dos casos de violência e afirmou estar colaborando regularmente com as autoridades.
O Setrerj também ressaltou que os motoristas são orientados a registrar boletins de ocorrência em todos os casos de assalto, e que essas informações são centralizadas no Sistema de Acompanhamento da Frota em Emergência (Safe).
O sistema reúne dados sobre as características dos assaltantes, pontos de embarque e desembarque, além de imagens captadas pelo circuito de vídeo interno dos ônibus, que são disponibilizadas ao Instituto de Segurança Pública (ISP) para investigação.
"O Setrerj também pede a colaboração da população com informações que possam ajudar a Polícia acessando os canais de comunicação do Disque Denúncia. Os dados podem ser encaminhados de forma anônima, inclusive por WhatsApp", finaliza a nota.
A viação Amparo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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