Polícia
O fim de uma tortura psicológica e física em Maricá
“Ele me mantinha em cárcere privado, me batia, me chutava, não aguentava mais”. O relato é da professora E. J., 45 anos, vítima de violência doméstica nos últimos quatro meses dentro de uma apartamento do Minha Casa, Minha Vida de Itaipuaçu, em Maricá. O principal suspeito é o companheiro, preso por policiais militares do Batalhão de Niterói (12° BPM), na manhã desta quarta-feira (28), em Inoã. A última agressão ocorreu, na noite desta terça-feira (27), com um soco no olho.
De acordo com a vítima, ela era agredida há meses pelo companheiro dentro da casa em que moravam dentro do conjunto habitacional. Na manhã desta quarta-feira (28), ela teria fingido passar mal e convencido o acusado a ir com ela até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã. Ao chegar na unidade, a mulher pediu socorro aos enfermeiros, que chamaram a polícia.
“Eu não aguentava mais conviver com tanta agressão. Chutes, socos, ameaças de morte, tudo que uma pessoa possa receber de ruim de um companheiro, eu recebi. Chega uma hora que precisei dar um basta e isso foi hoje (28)”.
Vítima de agressão
Diante do pedido de socorro, policiais do Batalhão de Niterói foram até o local e, ao avistar a presença dos militares, o acusado tentou fugir. Ele chegou a subir em uma passarela, mas foi capturado pelos policiais. Contra o acusado, havia uma medida protetiva de quatro meses desrespeitada por ele.
Com marcas de chutes e socos pelo corpo, a vítima chegou poucos minutos antes do acusado na sede da Delegacia do Centro (76ª DP), onde revelou o seu pedido de justiça para o caso. A vítima foi amparada e conduzida por policiais do programa Patrulha Maria da Penha do Batalhão de Niterói, que prestaram total atendimento a vítima de agressão doméstica.
“Quero que ele fique por anos na cadeia para colocar a mão na consciência e pagar por tudo que fez para mim. Nem eu e nem nenhuma mulher merecem passar por isso. Chega de mulheres agredidas por homens machistas”.
Vitima de agressão
A vítima foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, em Niterói, para exame de corpo e delito. O preso foi levado para a distrital do Centro, onde ficou à disposição da justiça.
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