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Motorista acusado de matar mulher em Niterói diz que foi espancado
Acusado vai responder por homicídio doloso
O motorista suspeito de matar Isabel Cristina de Mendonça Souza, de 49 anos, no Engenho do Mato, em Niterói, disse em depoimento que sofreu agressões na noite do atropelamento, ocorrido no último domingo (14). Ele se apresentou espontaneamente à 81° DP (Itaipu) nesta sexta-feira (19), e vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Em documento obtido com exclusividade pelo ENFOCO, o motorista disse aos agentes que, na noite em que crime aconteceu, ele havia ingerido bebida alcoólica, e seguia a caminho de casa para encontrar a namorada. Ele parou em frente ao bar Bombar e alega ter sido surpreendido por pessoas que começaram a lhe desferir socos e pontapés, sem motivos.
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Ainda em depoimento, o suspeito disse que foi arrancado do carro e que não se recorda de quantos agressores eram, mas estipula um número de três ou quatro. Ele afirma então que voltou ao veículo, muito atordoado, e decidiu ir embora. Logo em seguida, ele alega que percebeu que não poderia seguir em frente, pois o caminho daria para a Praça do Engenho do Mato, que estaria interditada, por isso deu ré para utilizar o desvio.
Os agentes questionaram ainda se ele não teria percebido que passou por cima de algo, mas o suspeito alegou que o terreno no local é muito irregular e estava escuro. Ele afirma que só ficou sabendo do atropelamento no dia seguinte, por meio de um tio, por volta das 7h40.
Questionado se sabia o motivo pelo qual foi agredido, o acusado informou que, na noite anterior, havia se relacionado com uma mulher casada. Ainda em depoimento, o suspeito alega que vem sofrendo ameaças desde o dia do atropelamento e, por essa razão, não está ficando em sua própria casa.
O pedido de prisão do suspeito já foi realizado nesta quinta-feira (18), mas os agentes aguardam a decisão judicial para expedição de um mandado. Além disso, foi expedido um mandado de busca e apreensão na residência do motorista, com o intuito de localizar o veículo usado no dia do crime, a fim de realizar a perícia. Contra ele há outros quatro processos, sendo três por violência doméstica e um por acidente de trânsito.
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