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    Justiça começa ouvir réus pela morte de advogado no Rio

    Advogado de 42 anos foi morto a tiros em frente à OAB

    Publicado 09/09/2024 às 9:13 | Autor: Enfoco
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    Advogado Rodrigo Marinho Crespo
    Advogado Rodrigo Marinho Crespo |  Foto: Reprodução

    Começa nesta segunda-feira (9) a primeira audiência de instrução e julgamento (AIJ) dos réus acusados pelo assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido no Centro do Rio de Janeiro em 26 de fevereiro deste ano. O advogado de 42 anos foi morto a tiros em frente à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), quando saía de seu escritório.

    Os réus Leandro Machado, um policial militar, Eduardo Sobreira Moraes e Cezar Daniel Mondêgo de Souza são os principais suspeitos do crime. Todos estão atualmente presos e enfrentam acusações de homicídio qualificado.

    O juiz Cariel Bezerra Patriota, do 3º Tribunal do Júri da Capital, presidirá as audiências. Ao longo da semana, além dos interrogatórios dos réus, serão ouvidas 23 testemunhas, tanto de acusação quanto de defesa.

    O caso tem ganhado destaque não apenas pela brutalidade do crime, mas também pela complexidade das investigações. A motivação para o assassinato ainda é incerta, mas a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando possíveis ligações da vítima com o setor de apostas online.

    Há suspeitas de que o homicídio possa ter sido um "recado" de contraventores contra o mercado legal de apostas, uma vez que Rodrigo Marinho Crespo tinha recentemente começado a se interessar por esse setor.

    A denúncia feita em abril pela Justiça também levou ao afastamento de Leandro Machado da Polícia Militar e à perda de seu porte de arma. As investigações continuam, com a Polícia Civil analisando dados de celulares apreendidos na prisão dos suspeitos. O objetivo é descobrir informações adicionais que possam levar aos executores e ao possível mandante do crime.

    O Ministério Público destacou a gravidade do caso, afirmando que a execução do advogado em plena luz do dia e próximo à OAB poderia ser um "recado" de um grupo criminoso. “Há fortes indícios de que a malta, com a execução, tenha pretendido dar um 'recado'”, afirma a denúncia.

    Além disso, o juiz que decidiu pela prorrogação da prisão dos suspeitos expressou preocupações sobre a participação de um policial militar em um grupo de extermínio.

    "É extremamente preocupante a presente investigação que revela a participação de um policial militar da ativa em um grupo de execução/extermínio, um verdadeiro grupo de sicários que se aproveita do poder estatal para criar um poder paralelo", observou o juiz.

    Em abril deste ano, a Polícia Civil também realizou uma operação que visou Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, atual presidente de honra do Salgueiro. Adilsinho é suspeito de liderar um grupo que explora jogos ilegais e comércio ilegal de cigarros, com base em Duque de Caxias.

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