Pyramis
Grupo armado de Niterói é preso por golpe da pirâmide financeira
Organização criminosa se dividia em núcleo familiar
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagram nesta quinta-feira (23) a Operação Pyramis, visando desmantelar um esquema de pirâmide financeira em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Três pessoas foram presas e uma já estava encarcerada.
Agentes da 76ª Delegacia de Polícia (Niterói) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) vão cumprir seis mandados de prisão no decorrer da operação contra uma organização criminosa voltada para a prática de estelionato através de supostos investimentos em renda variável por meio da promessa de lucros fixos mensais de até 16% do capital aplicado, popularmente conhecida como o golpe da pirâmide financeira.
Ao todo, o GAECO/MPRJ denunciou 15 pessoas pelos crimes de organização criminosa armada, estelionatos, crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro.
Os mandados, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, estão sendo cumpridos em Niterói e Rio de Janeiro.
O nome da operação tem origem no latim, Pyramis, em alusão ao golpe da pirâmide financeira praticado pela organização criminosa.
Investigações
A Atomx, posteriormente denominada Atrion Invest, com sede em Niterói, é alvo das investigações. A empresa prometia ganhos mensais fixos de 3% a 15%, alegadamente provenientes de rendimentos gerados por "traders de criptomoedas".
O esquema utilizava estratégias massivas de marketing, incluindo patrocínio de eventos e atletas esportivos. Além disso, os responsáveis mantinham vínculos com políticos e celebridades, ostentando um estilo de vida luxuoso.
A força-tarefa destaca os irmãos André Felipe de Oliveira Silva e André Vitor de Oliveira Silva como os principais líderes do esquema. André Felipe já estava detido desde maio por porte ilegal de arma, quando foi encontrado com um arsenal em seu carro em um hospital particular de Niterói.
"Também foi cumprido pela corregedoria de Polícia Civil, um mandado expedido em detrimento de um policial civil ao qual foi imputada a estrutura da segurança armada dessa organização criminosa", disse a delegada Natasha Oliveira.
Por sua vez, André Vitor, mesmo usufruindo de carros de luxo como Range Rover e Mercedes, não possuía nenhum veículo registrado em seu nome, conforme apontam as investigações.
Presos
- André Felipe de Oliveira Silva, dono da Atomx, já preso;
- André Vitor de Oliveira Silva, braço direito do irmão;
- Giovanni Andrade da Costa Leste, policial civil responsável pela escolta dos irmãos;
- Suellen Marques Mendonça, ex-mulher de André Felipe.
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