Investigação
Família contesta PM sobre morte de rapaz em Niterói
Um jovem de 25 anos foi baleado
Familiares de Alessandro Guimarães, de 34 anos, estão em busca de informações que possam esclarecer as circunstâncias de sua morte, ocorrida na manhã deste domingo (28), em Niterói. Eles contestam a versão da polícia de Alessandro seria envolvido com o tráfico de drogas.
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Segundo a família, ele trabalhava em uma empresa do setor offshore há cerca de quatro anos. O irmão de Alessandro disse que ele recebeu uma ligação e saiu de casa na noite deste sábado. A família não acredita que Alessandro teria ido a um baile funk na comunidade do Viradouro, em Santa Rosa. Alessandro deixa esposa e quatro filhos – três meninas e um menino.
“Não tem como, ele não trocaria a família para ficar no baile funk. Meu irmão era um cara tranquilo, trabalhador, uma pessoa maravilhosa”, afirmou o irmão, Anderson.
Descoberta da morte
Anderson soube da morte do irmão por meio de um telefonema de sua mãe e foi o primeiro da família a encontrar o corpo.
“Minha mãe me ligou e disse que meu irmão havia sido baleado. Eu cheguei no local e ele estava morto, caído no chão com dois tiros de fuzil, um na cabeça e outro na perna”, disse.
A mãe de Alessandro estava profundamente abalada na manhã deste domingo (28) no Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, precisando do apoio dos parentes. Max Santos, padrasto do jovem, acredita que Alessandro estava no lugar errado na hora errada.
“Eu só tenho coisas boas para falar dele. De repente, ele estava no lugar errado e na hora errada”, disse Max.
Ainda segundo a família, Alessandro tinha planos de proporcionar uma vida melhor para sua esposa e filhos, ele queria sair da comunidade.
“Ele trabalhava em dois lugares justamente para conseguir dinheiro e dar uma vida melhor para a família dele”, contou o irmão.
Protesto
Após a morte de Alessandro, moradores da região realizaram um protesto no local e chegaram a interditar a via por alguns minutos.
Acusações e Informações da PM
A Polícia Militar informou que Alessandro tinha anotações por vias de fato, lesão corporal e ameaça, informações que a família afirma desconhecer.
Segundo a PM, uma equipe do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 12º BPM estava patrulhando a comunidade do Viradouro quando avistou um veículo, considerado por eles suspeito, um Honda City prata. Foi dada ordem de parada, mas o condutor não obedeceu e tentou fugir atirando contra os policiais.
Houve troca de tiros e o motorista acabou perdendo o controle do veículo, que colidiu com um poste na Avenida Doutor Mário Vianna.
Ainda de acordo com a PM, por conta do impacto, carro com a dupla pegou fogo. Os policiais retiraram os ocupantes antes que as chamas os queimassem completamente.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e atuaram no local. Alessandro não resistiu e morreu. Já o outro envolvido, de 25 anos, que estava no carona foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca. O estado de saúde dele não ainda foi informado. Segundo a PM, ele tinha anotações criminais por tráfico de drogas.
Arma Apreendida
Durante a ação, os policiais apreenderam um fuzil Sharps calibre 556, capaz de atingir alvos a até 300 metros de distância e com capacidade para 30 tiros. O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
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