Ex-empresário do grupo Os Hawaianos denuncia ameaça de morte

O ex-empresário do grupo de funk 'Os Hawaianos', Vagner Oliveira Gomes, foi até a 32° DP (Taquara) nesta quarta-feira (24) para denunciar ameaças de morte que vêm sofrendo de pessoas ligadas ao grupo de música. 

O fato aconteceu após o Tribunal de Justiça do Rio determinar, no dia 12 deste mês, que os Hawaianos pagassem R$ 4,5 milhões a Vagner devido a uma quebra de contrato. Segundo a defesa do empresário, ele sofreu intimidações.

Em um vídeo Diogo Silva de Oliveira, artisticamente conhecido como Dioguinho, um dos integrantes do grupo, aparece afirmando que não vai pagar a indenização. 

"Não vamos dar R$ 5 milhões pra ninguém. Meu dinheiro é para os meus filhos. Muita luta. Vagner não tem luta nenhuma nos Hawaianos para ficar bem claro ai, ta rapaziada", diz.

Logo em seguida, alguém ao fundo do vídeo dispara uma ameaça contra o empresário: "Tá de mancada esse Vagner. Vai matar ele na favela”. Confira:

Segundo o advogado do Vagner, Joabs Sobrinho, quem pronuncia as ameaças é Gilberto Minilesk, outro artista do grupo.

O integrante do grupo, inconformado com a sentença judicial da 6° Vara Civil da Comarca de Jacarepaguá, fez um vídeo com o Gilberto ameaçando o ex-empresário de morte, dizendo que "Ele vai morrer na favela".

Em seguida, Vagner foi à delegacia e fez o boletim de ocorrência para ser apurada a responsabilidade dos autores. Haja vista que, se eles quiserem pleitear qualquer direito, precisa ser em juízo e não dessa forma", disse o advogado ao g1.

Na delegacia, Vagner informou que recebeu o vídeo através de um aplicativo de mensagens, e que também foi ordenado a se mudar de onde mora, na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. 

O grupo de funk ficou popularmente conhecido após viralizar o hit 'Desenrola, bate e joga de ladin', com mais de 100 milhões de visualizações no clipe.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 32ª DP (Taquara) e diligências estão em andamento para esclarecer o fato.

Decisão da justiça

A medida veio após a juíza Andreia Florencio Berto, da 6ª Vara Cível de Jacarepaguá, tomar conhecimento de que os funkeiros romperam, no ano passado, um contrato de exclusividade com validade para 2031.

Foi determinado que Julio Cesar Minilesk Ferreira, o Gugu; Diogo Silva de Oliveira, o Dioguinho; Ewerton Luiz da Silva Chagas, o Tonzão e Lourivla da Conceição Abel, o DJ Abel paguem os ex-produtores em até três dias após a notificação.