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    Desespero

    Entregador é acusado de furto e tenta provar inocência em Niterói

    Caso tramita na Justiça; Arthur teve a conta bloqueada no Rappi

    Publicado 04/07/2023 às 6:47 | Atualizado em 04/07/2023 às 8:25 | Autor: Manuela Carvalho
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    Arthur trabalha como nutricionista mas complementa a renda trabalhando como entregador
    Arthur trabalha como nutricionista mas complementa a renda trabalhando como entregador |  Foto: Arquivo Pessoal

    O entregador Arthur Soares, de 32 anos, alega que foi acusado de furto injustamente pelo aplicativo de entregas Rappi. Segundo o trabalhador, que reside no bairro Engenhoca, em Niterói, mesmo com todos os registros que provam sua inocência, a plataforma o bloqueou e descontou o valor da mercadoria de seu saldo.

    O caso aconteceu no dia 21 de junho. Arthur foi até a um supermercado no Largo do Barradas, em Niterói, para retirar as mercadorias. Ao se dirigir para o bairro Sapê, onde a entrega foi solicitada, o comprador não apareceu para pegar os produtos.

    Foi então que o Arthur tentou entrar em contato com o suporte e retornou ao mercado para fazer a devolução das compras, no valor de R$183,74. 

    "Chegando no local do destino, buzinei, chamei, ninguém atendeu. Uma pessoa gritou mandando eu sair que era propriedade privada, eu sai. Falei com o suporte, pedi ajuda, fiz todos os procedimentos, eles só se preocuparam com a entrega. Como não entreguei, descontaram do meu valor que tinha a receber. Ainda fiquei com saldo negativo e me bloquearam", explica.

    Todo o processo de devolução das compras foi registrado em formato de vídeo pelo Arthur, que trabalha como nutricionista, mas faz bicos de entregador para complementar a renda em casa. Agora, tudo que ele quer é poder voltar a fazer as entregas.

    Aspas da citação
    Eu não sou ladrão, sou trabalhador
    Arthur Soares motoboy
    Aspas da citação
      

    "Isso está impactando em minhas finanças, eu estou com vergonha de ir no mercado, eles foram bacanas comigo e não tiveram culpa alguma. Me deram um voucher no valor que o Rappi descontou de mim. Eles [Rappi] querem que eu pague para voltar a rodar na plataforma, um dinheiro teoricamente furtado", lamenta.

    Arthur fez um registro de ocorrência online e o caso tramita na Justiça. Uma audiência está marcada para acontecer no mês que vem. Procurada, a plataforma de entrega ainda não retornou sobre o caso.

    A delegacia solicita que a vítima vá até a unidade policial e apresente mais informações para esclarecimento dos fatos.

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