Solto
Delegado Allan Turnowski deixa presídio em Niterói
Defesa considera que a prisão foi ilegal e relatou incompetência
O delegado Allan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil do Rio, deixou o Presídio Constantino Cotokós, no Centro de Niterói, no final da manhã desta sexta-feira (30).
A medida foi possível após a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) receber o alvará de soltura. Na porta do cárcere, o candidato a deputado federal pelo PL acenou para às câmeras.
O advogado de defesa, Daniel Leon Bialski, se manifestou sobre a soltura.
"Meu cliente não cometeu qualquer ilicitude, independentemente da esfera de apuração e jamais teve qualquer envolvimento com pessoas ligadas ao jogo do bicho e ao crime organizado. Ele, durante os mais de 27 anos de atuação, seja como delegado e outras funções públicas a que designado", disse.
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O assistente jurídico considera que a prisão do cliente foi ilegal e relatou incompetência na investigação.
"É absolutamente ilegal que promotores sem atribuição e juiz de 1ª Instância sem competência tenham investigado, processado e julgado autoridade que possuía foro privilegiado e prerrogativa de função, o que maculou o processado. E, felizmente, a prisão decretada foi reconhecida como ilegal pela Suprema Corte que concedeu habeas corpus e, assim, ele poderá, em liberdade, aguardar o reconhecimento de sua plena inocência", disse o advogado Daniel Leon Bialski.
O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, na quinta-feira (29), a prisão de Turnowski, acusado de envolvimento com uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. A decisão foi protocolada pelo ministro Nunes Marques.
De acordo com o membro do STF, medidas cautelares são suficientes para conter o perigo que Turnowski pode oferecer à sociedade. Por isso, Marques aceitou em partes o habeas corpus protocolado pela defesa do delegado.
Prisão
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio foi preso no dia 9 de setembro em ação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio (MPRJ).
Segundo o Ministério Público do Rio, as investigações apontam para um envolvimento do delegado em um esquema em que recebia propina dos contraventores e que planejava a morte do bicheiro Rogério de Andrade, sobrinho de Castor. Os investigadores apreenderam um fuzil, celulares e documentos em sua residência.
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