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    Delegado Allan Turnowski deixa presídio em Niterói

    Defesa considera que a prisão foi ilegal e relatou incompetência

    Publicado 30/09/2022 às 11:58 | Autor: Tiago Souza
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    Na porta do cárcere, o candidato a deputado federal pelo PL acenou para as câmeras
    Na porta do cárcere, o candidato a deputado federal pelo PL acenou para as câmeras |  Foto: Reprodução TV Globo

    O delegado Allan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil do Rio, deixou o Presídio Constantino Cotokós, no Centro de Niterói, no final da manhã desta sexta-feira (30).

    A medida foi possível após a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) receber o alvará de soltura. Na porta do cárcere, o candidato a deputado federal pelo PL acenou para às câmeras.

    O advogado de defesa, Daniel Leon Bialski, se manifestou sobre a soltura.

    "Meu cliente não cometeu qualquer ilicitude, independentemente da esfera de apuração e jamais teve qualquer envolvimento com pessoas ligadas ao jogo do bicho e ao crime organizado. Ele, durante os mais de 27 anos de atuação, seja como delegado e outras funções públicas a que designado", disse.

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    Delegado deixou nesta sexta (30) o presídio Constantino Cotokós, no Centro de Niterói
    Delegado deixou nesta sexta (30) o presídio Constantino Cotokós, no Centro de Niterói |  Foto: Marcelo Tavares

    O assistente jurídico considera que a prisão do cliente foi ilegal e relatou incompetência na investigação.

    "É absolutamente ilegal que promotores sem atribuição e juiz de 1ª Instância sem competência tenham investigado, processado e julgado autoridade que possuía foro privilegiado e prerrogativa de função, o que maculou o processado. E, felizmente, a prisão decretada foi reconhecida como ilegal pela Suprema Corte que concedeu habeas corpus e, assim, ele poderá, em liberdade, aguardar o reconhecimento de sua plena inocência", disse o advogado Daniel Leon Bialski.

    O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, na quinta-feira (29), a prisão de Turnowski, acusado de envolvimento com uma organização criminosa voltada ao jogo do bicho. A decisão foi protocolada pelo ministro Nunes Marques. 

    De acordo com o membro do STF, medidas cautelares são suficientes para conter o perigo que Turnowski pode oferecer à sociedade. Por isso, Marques aceitou em partes o habeas corpus protocolado pela defesa do delegado.

    Prisão

    O ex-chefe da Polícia Civil do Rio foi preso no dia 9 de setembro em ação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio (MPRJ).

    Segundo o Ministério Público do Rio, as investigações apontam para um envolvimento do delegado em um esquema em que recebia propina dos contraventores e que planejava a morte do bicheiro Rogério de Andrade, sobrinho de Castor. Os investigadores apreenderam um fuzil, celulares e documentos em sua residência.

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