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    Sentença

    Condenado homem que matou vizinho por intervir em briga doméstica

    Réu foi condenado a 23 anos de prisão por homicídio qualificado

    Publicado 30/01/2024 às 16:52 | Autor: Enfoco
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    Promotora do caso argumentou que a morte não foi culpa da vítima de violência doméstica
    Promotora do caso argumentou que a morte não foi culpa da vítima de violência doméstica |  Foto: Divulgação/Agência Brasil

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Junto ao II Tribunal do Júri da Capital, informou que obteve a condenação de um homem que matou o vizinho a facadas apenas por tentar intervir em uma briga que tinha com a mulher. João Paulo Soares de Sousa foi sentenciado a 23 anos de prisão por homicídio qualificado e lesão corporal qualificada.

    A promotora de Justiça Simone Sibilio demonstrou ao Conselho de Sentença que João Paulo agrediu a mulher e matou com seis golpes de faca o vizinho, simplesmente por ter ido verificar o que estava acontecendo no apartamento de baixo. Momentos antes do homicídio, ele agrediu a ex-companheira com um soco no rosto, chutes em seu corpo e batidas da cabeça contra a parede. Os crimes foram cometidos na madrugada do dia 25 de dezembro de 2019, na Rocinha, Zona Sul do Rio. 

    "É preciso acabar com a cultura de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. É preciso acabar com a cultura de silenciar as vítimas. A trágica morte de uma pessoa que foi tentar ajudar uma mulher agredida não é culpa da vítima, mas sim da sanha assassina do acusado. Espero que esse julgamento sirva de alento à viúva da vítima, para que possa seguir sua vida com o filho. E de esperança para a vítima de violência doméstica, de que não teve culpa pela morte do vizinho", mencionou a promotora do caso, que recebeu todas as vítimas e garantiu a proteção de seus direitos.

    Na decisão, o juiz Daniel Werneck, do II Tribunal do Júri da Capital, determinou que o condenado, que já estava preso preventivamente, seja mantido em regime fechado para o cumprimento da pena. O MPRJ disse ainda que recorreu para aumentar a pena do réu.

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