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    Justiça

    Condenado a 58 anos de prisão por matar mulher na frente da filha

    Criança de 2 anos foi achada tentando mamar no peito do cadáver

    Publicado 02/10/2024 às 10:53 | Atualizado em 02/10/2024 às 14:18 | Autor: Enfoco
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    Estefânia Cecílio Amado, de 21 anos, foi morta em agosto de 2023
    Estefânia Cecílio Amado, de 21 anos, foi morta em agosto de 2023 |  Foto: Reprodução

    O Ministério Público do Rio (MPRJ) obteve a condenação, nesta terça-feira (1º), de Éderson de Souza Gomes de Martins - a 58 anos e seis meses de prisão -, por matar a ex-companheira Estefânia Cecílio Amado.

    O crime de feminicídio aconteceu em agosto de 2023, em Petrópolis. Na ocasião, o filha do ex-casal, de apenas dois anos, presenciou o crime. A criança foi encontrada pela tia, na manhã seguinte, tentando mamar no peito do cadáver. A condenação de Éderson foi obtida por meio da Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de Petrópolis.

    De acordo com a denúncia apresentada pelo MPRJ, no dia 31 de agosto de 2023, Éderson foi até a residência da vítima, localizada no bairro Carangola e asfixiou Estefânia, pressionando com as mãos o pescoço da vítima até a morte.

    Sentimento de posse

    O crime teria sido motivado pelo sentimento de posse de Éderson, que não aceitava o fim do relacionamento. Conforme o Ministério Público, o delito foi praticado por motivo torpe, em clara situação de violência doméstica e de forma cruel. 

    A promotora de Justiça Isadora Fortuna, responsável pela sustentação oral da sentença, afirmou que o caso gerou grande perplexidade e comoção na sociedade, já que o acusado, logo após o crime, foi trabalhar normalmente, deixando a filha do ex-casal no interior da casa, junto ao corpo da mãe sem vida. A criança foi encontrada pela tia, na manhã seguinte, tentando mamar no peito do cadáver.

    Crueldade

    Além disso, o crime ocorreu em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha, que constavam em favor da vítima.

    “Quanto às consequências do crime, a morte de Estefânia deixou sua família despedaçada, com a responsabilidade pela criação da pequena Emanuella, a qual ainda vive à espera da chegada da mãe. A menor foi privada do amor e da convivência com aquela que fazia todos os esforços para criá-la sozinha, enfrentando todas as dificuldades para que ela tivesse uma vida melhor'', ressalta um dos trechos da sentença. 

    Ainda no documento de condenação, o acusado foi considerado ''sádico'' pela crueldade do crime. ''Os elementos dos autos, ainda que parcos, sugerem que o acusado seja frio e sádico. Sua conduta social é profundamente censurável”, conclui. 

    A condenação foi obtida por meio da Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de Petrópolis.

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