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    Júri popular

    Atropelamento e morte em Niterói: julgamento de acusado é marcado

    Marcos Kita foi preso logo após o caso, no Engenho do Mato

    Publicado 03/09/2024 às 19:54 | Autor: Gabriel Villa Nova
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    Marcos Kita está preso desde o ano passado acusado de atropelar e matar Isabel Cristina
    Marcos Kita está preso desde o ano passado acusado de atropelar e matar Isabel Cristina |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

    Quase um ano e quatro meses depois do caso, foi marcado pela Justiça, nesta segunda-feira (02), o julgamento de Marcos Rezende Kita, acusado de atropelar e matar Isabel Cristina de Mendonça Souza, de 49 anos, no Engenho do Mato, na Região Oceânica de Niterói.

    O motorista irá a júri popular no dia 6 de maio de 2025, no Fórum de Niterói, por decisão da juíza Neari dos Santos Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói. O caso aconteceu em maio do ano passado, mais precisamente dia 14 de maio, no "Dia das Mães", e o motorista vai responder pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar) qualificado (com agravantes). 

    O crime teria sido cometido, segundo descrito pela juíza, por "motivo fútil, decorrente de uma discussão e um desentendimento pontual entre pessoas desconhecidas". Ainda segundo a magistrada, o acusado "demonstrou descontrole e conduta desproporcional a atingir a vítima de forma fatal, tendo dirigido o veículo contra Isabel e as demais vítimas".

    Câmeras flagraram atropelamento 

    Segundo testemunhas, a briga começou após o acusado, que estava dormindo em seu carro, ter sido interpelado pela vítima para retirar o veículo que estaria obstruindo a circulação no local. Isabel estava voltando de um lanche com o filho.

    Câmeras de seguranças flagraram o crime. Nas imagens, é possível ver que o homem dá ré com uma certa velocidade e atinge a vítima. Ela cai e o veículo passa por cima do seu corpo novamente seguindo para a frente. Em seguida, ele foge.

    O filho de Isabel, Matheus Henrique de Souza, de 23 anos, detalhou o que viu no local do acidente.

    "Eu estava junto com a minha mãe no momento. O homem estava dormindo dentro do carro e atrapalhando a rua. Então minha mãe se dirigiu até ele e pediu para que saísse do local. Foi aí que ele respondeu de uma maneira muito grossa e levantou empurrando a minha mãe. Nessa hora, eu me meti e fui defendê-la, começando uma confusão. Mas depois algumas pessoas chegaram, e a briga foi apartada. Mais tarde, o homem voltou pro carro e começou a ameaçar a gente, falando que ia pegar uma arma. Quando minha mãe estava saindo, ele engatou a ré e passou por cima dela. Foi proposital", contou Matheus.

    Expectativa da família pelo julgamento

    Cristiane Mendonça Ravete de Oliveira, irmã da vítima, relatou com exclusividade ao ENFOCO que espera que a justiça seja feita. 

    "Sabemos que o motorista está preso, mas precisamos que a audiência, que já está demorando bastante, aconteça. Esta espera me preocupa. Que esse criminoso seja condenado pelo jurados com pena máxima", disse.

    A dor e a saudade também permanecem vivas na memória de Cristiane.

    "A tristeza pela morte da minha irmã é imensa. Esse motorista fez um mal imenso a nossa família. Isabel tinha muitos planos pro futuro e uma família linda", descreveu.

    O marido de Cristiane, Wellington Ravete, também tem a expectativa da condenação. 

    "Nada irá trazê-la de volta mas que ele (acusado) pague pelo crime que cometeu", disse.

    Motorista alega que foi agredido 

    Marcos disse, em depoimento na época, que sofreu agressões na noite do atropelamento. Em documento obtido com exclusividade pelo ENFOCO, o motorista disse aos agentes que, na noite em que crime aconteceu, ele havia ingerido bebida alcoólica, e seguia a caminho de casa para encontrar a namorada. Ele parou em frente ao bar Bombar e alega ter sido surpreendido por pessoas que começaram a lhe desferir socos e pontapés, sem motivos.

    Ainda em depoimento, o suspeito disse que foi arrancado do carro e que não se recorda de quantos agressores eram, mas estipula um número de três ou quatro. Ele afirma então que voltou ao veículo, muito atordoado, e decidiu ir embora. Logo em seguida, ele alega que percebeu que não poderia seguir em frente, pois o caminho daria para a Praça do Engenho do Mato, que estaria interditada, por isso deu ré para utilizar o desvio.

    Os agentes questionaram ainda se ele não teria percebido que passou por cima de algo, mas o suspeito alegou que o terreno no local é muito irregular e estava escuro.

    A defesa do acusado não foi localizada para comentar sobre a expectativa do julgamento. 

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