Interceptados
Arma usada por milicianos no Rio tinha brasão da polícia de Miami
Eles foram presos na manhã desta quinta-feira
Dezesseis milicianos participaram de um confronto armado com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na madrugada desta quinta-feira (7) na Avenida Brasil, altura de Campos Grande, na Zona Oeste do Rio.
A operação resultou na apreensão de 19 armas, sendo uma delas identificada com o brasão da polícia de Miami, nos Estados Unidos da América (EUA).
Leia+: Milicianos presos iam reforçar grupo paramilitar na Zona Oeste
Leia+: Terror na Av. Brasil! Nove milicianos presos e 6 baleados
Cinco desses milicianos são líderes de grupos paramilitares atuantes na comunidade do Antares, em Santa Cruz. Um membro do grupo conseguiu escapar por uma área de mata.
"Há uma investigação em curso há dois meses sobre esse grupo, cujos membros são oriundos de Santa Cruz. Um ponto de destaque é o fato de uma pistola apresentar o brasão de Miami. A confirmação sobre a procedência da arma ainda está pendente, mas estamos em processo de obtenção dessa informação", declarou o chefe de polícia Marcus Amim.
Oito membros desse grupo já haviam sido presos e estavam sob investigação. Alexandre Carneiro, do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), relatou que na noite de quarta-feira (6) os agentes receberam informações sobre um possível deslocamento do grupo paramilitar.
"Ontem à noite, recebemos informações sobre um possível deslocamento desse grupo. Organizamos a operação com monitoramento, fechando a rodovia no momento em que conseguimos distinguir os veículos dos milicianos dos demais que transitavam na via, resultando na interceptação bem-sucedida de seus carros", relatou.
As autoridades têm conhecimento de que o grupo estava regressando da comunidade da Carobinha, em Campo Grande. Isso ocorreu porque a milícia que controla essa comunidade solicitou o apoio dos associados do Antares, prevendo um potencial conflito com traficantes da facção Comando Vermelho (CV).
Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, era o líder desse grupo paramilitar e entregou-se à Polícia Federal no final do ano passado.
As autoridades suspeitam que Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, também miliciano e membro do bando desde 2017, possa ser o sucessor de Zinho. Pipito, reconhecido como um homem envolvido em conflitos, enfrenta duas ordens de prisão emitidas pela Justiça em seu nome.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!