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    'Trabalhamos incansavelmente', diz presidente da Enel Rio em CPI

    Audiência pública acontece na Alerj

    Publicado 28/11/2023 às 12:43 | Autor: Enfoco
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    Comissão teve como ponto de partida apagão do dia 18 de novembro
    Comissão teve como ponto de partida apagão do dia 18 de novembro |  Foto: Reprodução / Alerj Digital

    A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) dos Serviços Delegados e das Agências Reguladoras realizou, nesta terça-feira (28), uma audiência pública com os presidentes da Enel e Light para prestarem esclarecimentos sobre a falta de energia em diversos pontos do estado durante os últimos dias.

    A palavra de início foi dada a Daniel Carvalho, superintendente de Relações Institucionais da Light no Estado do Rio, que alegou o furto de energias em comunidades do Rio como uma das causas para demora em solucionar os problemas em locais como a Rocinha.

    "A gente enfrenta, especificamente aqui no Rio, a questão das perdas não técnicas. Principalmente em áreas específicas da Zona Oeste, Baixada, áreas com restrições operativas, onde a concessionária tem dificuldade de acessar determinadas áreas. Naquela comunidade [Rocinha], a gente tem isso está mapeado, a gente tem 83% de furto na Rocinha. A gente precisa do apoio da casa legislativa. Políticas públicas podem ser criadas para endereçar esses problemas do estado, é um problema grave", disse.

    O superintendente disse também que a Light tem consciência de que vai enfrentar um verão de altas temperaturas, e que estão preparados para isso, citando ainda um mutirão de podas em árvores com apoio dos governos municipais.

    Já a Anna Paula Pacheco, presidente da Enel Rio, começou o discurso pedindo desculpas aos clientes pelo transtorno, e mais uma vez reforçando que o modo operacional da equipe agiu o mais rápido que pôde no dia 18 de novembro. 

    "Enfrentamos ventos superiores a 108 km/h, ressalto ainda o caso de Niterói, onde a defesa civil registrou ventos de 137 km/h, causando danos a nossas redes elétricas. Mobilizamos nossas equipes e trabalhamos incansavelmente. Graças a dedicação do nosso time, conseguimos restaurar a energia para 87% dos nossos clientes em 24h", declarou.

    Em uma apresentação em powerpoint, a presidente mostrou que mais de 1 milhão de clientes foram afetados, e que mais de 10 mil raios atingiram a área da concessão. Ela afirmou que priorizou atendimento aos clientes vitais, e que nas primeiras 48h tinham 95% dos clientes recuperados. 

    Imagem ilustrativa da imagem 'Trabalhamos incansavelmente', diz presidente da Enel Rio em CPI
    |  Foto: Reprodução / Alerj Digital

    "Como que a Enel reagiu? Triplicamos as equipes em campo através de uma mobilização junto dos nossos parceiros. Diante do cenário climático extremo, não poupamos esforços de comunicação nas mídias. Reafirmamos nosso compromisso social com 100% dos nossos municípios", concluiu. 

    "A gente estabeleceu, toda segunda-feira, uma reunião com as concessionárias, para debater todos os problemas relatados pelas prefeituras", acrescentou o secretário Felipe Peixoto, da secretaria de estado de Energia e Economia do Mar. 

    Cobranças

    O presidente da Comissão de Minas e Energia, Thiago Rangel, ressaltou que a Rocinha ficou por 7 dias sem energia elétrica. Ele ressaltou que o problema não é pontual, e que vem afetando diferentes municípios ao longo dos anos.

    "Eu ouvi relatos de prefeitos que compraram ar condicionado para instalar nas escolas e não pôde ligar porque não tem capacidade elétrica. Temos indústrias querendo se instalar em alguns municípios e não conseguem por falta de carga elétrica. A conta não fecha. Em pleno século XXI e discutindo falta de carga de energia elétrica", afirmou. 

    O deputado Professor Josemar (Psol) cobrou audiências públicas regionalizadas com os representantes das concessionárias, além de ressaltar que eles terão que ressarcir a população que perdeu bens materiais com a falta de luz.  

    O relator da CPI Danniel Librelon (REP), deu um prazo de 10 dias para as concessionárias apresentarem um levantamento sobre números de contratações para manutenções da rede e se houve baixa nas contratações de agentes que realizavam estas manutenções nos municípios, assim como denunciado. 

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