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    Conta de água vai ficar mais cara no Rio, São Gonçalo e região

    O aumento é reflexo de decisão do TCE

    Publicado 02/11/2025 às 12:38 | Atualizado em 02/11/2025 às 12:51 | Autor: Enfoco
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    Com o reajuste, consumidores devem sentir o aumento nas faturas emitidas a partir de dezembro
    Com o reajuste, consumidores devem sentir o aumento nas faturas emitidas a partir de dezembro |  Foto: Arquivo

    A conta de água vai ficar mais cara para moradores do Rio de Janeiro, São Gonçalo e outras cidades da Região Metropolitana a partir de 1º de dezembro. O ato que oficializa o reajuste teria sido publicado neste sábado (2) pela Águas do Rio, concessionária responsável pelo abastecimento nas regiões.

    O aumento ocorre após uma decisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), José Gomes Graciosa, que suspendeu partes do contrato de operação do serviço firmado entre a Águas do Rio, o governo de Cláudio Castro e a Cedae.

    Fontes ligadas à concessionária afirmam que o reajuste é consequência direta desse despacho, já que o conselheiro suspendeu um acordo de compensação financeira. Esse acordo previa que a Cedae ressarcisse a concessionária por custos que originalmente deveriam ser arcados pelo Estado.

    Especialistas em saneamento apontam que a decisão gera insegurança jurídica no setor e pode afetar os investimentos necessários para a universalização do saneamento no estado.

    “O episódio reacende o alerta sobre a insegurança jurídica que cerca o maior contrato de saneamento do país e pode prejudicar a meta de universalização, uma vez que o investidor perde a previsibilidade”, afirmou Gesner Oliveira, professor da FGV e ex-presidente da Sabesp.

    Ele ainda reforçou que o impacto não deve recair sobre o consumidor:

    “Para o país avançar na universalização, o consumidor precisa estar no centro do debate, e transferir a conta de erros do Estado na gestão do saneamento definitivamente não é o melhor caminho.”

    Com o reajuste, consumidores devem sentir o aumento nas faturas emitidas a partir de dezembro, enquanto a concessionária aguarda posicionamento oficial do TCE sobre o futuro do contrato.

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