Consciência
O que fazer para conseguir economizar água? Veja dicas valiosas
Escassez hídrica é um problema mesmo após chuva
O Sistema Imunana-Laranjal, responsável pelo abastecimento de água para os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, na Região Metropolitana do Rio, enfrenta um cenário crítico após o período de estiagem, agravado pela falta de chuvas neste mês.
Apesar da leve melhora com as chuvas fracas nos últimos dois dias, o alerta emitido pela Cedae permanece: a população deve economizar água.
Segundo dados do Alerta Rio, o período quinzenal de setembro de 2024 registrou uma queda de 97,8% no volume de chuvas em comparação com o mesmo período do ano anterior. O cenário de estiagem aumenta a preocupação sobre a capacidade do sistema em manter a produção de água.
De acordo com Elisa Silva, gerente operacional do sistema Imunana-Laranjal, apesar da chuva que atingiu a Região Metropolitana do Rio na segunda-feira (16) e na terça-feira (17), o alerta para a economia no consumo ainda é necessário.
“O nível do manancial flutua ao longo do tempo e depende de diversos fatores. Com a chuva desses dois últimos dias, ele subiu, mas não subiu muito. Subiu 3%. Conseguimos normalizar e voltar à capacidade máxima de produção, mas estamos monitorando se ele vai atingir novamente o nível crítico”, esclareceu.
A gerente também destacou que a escassez hídrica é um problema em âmbito nacional.
"O cenário é nacional, de seca, uma crise hídrica histórica. A expectativa de chuva foi baixa, e a gente soltou o alerta na última semana já preparando para uma redução. Essa redução aconteceu e foi pequena, de 10%”, lembrou.
Medidas para reduzir os riscos
A Cedae, em conjunto com a Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizou ações preventivas para reduzir o impacto da estiagem, como a limpeza do canal de captação do sistema Imunana Laranjal e o desassoreamento da região.
Essas ações são realizadas anualmente, mas neste ano, as medidas foram reforçadas devido à previsão de pouca chuva.
“É um canal longo, são 3 km, então você vai tendo uma segmentação de sólidos no fundo dele. Antes da estiagem, costumamos limpá-lo para restaurar a seção original do canal. Com isso, você ganha uma ‘área molhada’, como costumamos falar”, explicou.
O desassoreamento ajuda a liberar espaço, permitindo um nível d’água maior. “Você consegue aumentar o nível que está chegando no que chamamos de sucção das bombas”, completou Elisa Silva.
A importância da economia de água
Diante desse cenário, a gerente operacional Elisa Silva reforçou a necessidade da população adotar hábitos mais conscientes no uso da água.
“Se há o risco de captar menos água, tratar menos água e enviar menos água para a população, é importante que as pessoas comecem a economizar o consumo, o que nos ajuda a manter a vazão de produção por mais tempo”, orientou ela.
Práticas para reduzir o consumo no dia a dia:
1. Acumular mais roupas para lavar de uma só vez.
2. Diminuir o tempo da torneira aberta ao escovar os dentes.
3. Reduzir o tempo de banho.
4. Evitar a limpeza de quintais com água.
5. Evitar a lavagem de carros.
“São pequenas ações que, somadas aos esforços de milhões de habitantes, podem gerar uma economia significativa de água”, destacou a gerente.
Expectativas de melhora
As previsões meteorológicas indicam que a incidência de chuvas mais expressivas só deve ocorrer na segunda quinzena de outubro. Até lá, a recomendação é clara: economizar água para minimizar os impactos da crise hídrica.
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