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    2ª fase

    Escândalo do HIV: coordenadora é presa por laudos falsos

    Funcionária foi encontrada em Belford Roxo; essa é a 5ª prisão

    Publicado 20/10/2024 às 10:07 | Autor: Enfoco
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    Mulher foi presa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense
    Mulher foi presa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense |  Foto: Lucas Alvarenga

    Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, foi presa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, neste domingo (20), por suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos que resultaram na contaminação de pacientes transplantados por HIV.

    A detenção ocorreu durante a operação realizada por policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon). As investigações indicam que houve uma falha nos procedimentos de controle de qualidade nos testes do laboratório, com o objetivo de reduzir custos.

    Em depoimento, o técnico de laboratório Ivanilson Santos, preso anteriormente, declarou que a mulher havia dado ordens para que os testes deixassem de ser feitos diariamente e passassem a ser realizados apenas uma vez por semana.

    Operação Verum

    Além da coordenadora, outros dois sócios do laboratório foram levados à Decon, onde prestaram depoimento e foram liberados. A 2ª fase da “Operação Verum” cumpriu um mandado de prisão e oito de busca e apreensão, com apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

    Na primeira fase da operação, realizada na segunda-feira (14), duas pessoas foram presas e duas outras se entregaram posteriormente. Na sexta-feira (18), a Justiça decidiu pela manutenção da prisão temporária dos quatro funcionários do laboratório. A polícia segue analisando os documentos e materiais apreendidos.

    De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, o laboratório PCS Saleme emitiu uma série de resultados falsos, incluindo positivos e negativos para HIV, afetando até mesmo exames de crianças.

    As práticas do laboratório resultaram em diversas ações judiciais por danos morais e materiais, indicando uma desconsideração pelas vidas dos clientes e da população em geral.

    Com o progresso das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) desmembrou o inquérito para investigar os laudos falsos e instaurou um novo procedimento para apurar o processo de contratação da empresa.

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