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Rede solidária impulsiona cozinheiro de SG a sonhar mais alto
Caso viralizou após ninguém comparecer a inauguração
'De sonhar ninguém se cansa', já dizia Fernando Pessoa. Foi pensando dessa forma que Jaime Azevedo, de 28 anos, decidiu abrir o próprio negócio: a food bike 'Biba's Gourmet'. Junto da mãe, Adriana Azevedo da Silva, começou comercializar doces na Rua Mamede de Souza, no bairro Arsenal, em São Gonçalo. Após viralizar com um relato decepcionado nas redes sociais, lamentando o fato de não ter recebido apoio nem dos familiares na inauguração, o jovem cozinheiro foi 'abraçado' por uma rede de solidariedade, alavancou as vendas e agora até sonha mais alto, como ter a própria loja.
Contando com o apoio de amigos e familiares, a primeira experiência vendendo no 'Biba's Gourmet' não deu muito certo e, todos que foram convidados para a inauguração, não compareceram. Jaime, então, publicou um relato nas redes sociais, que viralizou e, só no Facebook, já soma mais de 6,4 mil curtidas e 1,3 mil comentários. Segundo o jovem cozinheiro, tudo que foi feito para comercializar no dia da inauguração, retornou para casa intacto, gerando um prejuízo financeiro.
"A vida é assim, fiz um monte de Bolos, doces, salgados e voltei com tudo pra casa. Muito triste, perdi quase todo meu investimento. Se vai montar um negócio, pense bem antes, não conte com família nem amigos. Muitas das vezes eles vão na concorrência mas não vão comprar com você", escreveu Jaime, no relato.
A equipe de reportagem do ENFOCO foi até o 'Biba's Gourmet' para conhecer a história do cozinheiro que mobilizou e comoveu diversas pessoas.
"Eu fui desligado de uma empresa no ano passado, passei por uns momentos delicados na minha vida. Desde então surgiu a ideia de montar um negócio. Eu comecei com uma banquinha de madeira, colocava os bolos que minha mãe fazia, além de doces e empadões que eu fazia. E foi acontecendo", conta Jaime.
Todo começo é repleto de desafios e foi vendo a força de vontade do jovem que a madrinha dele decidiu investir no rapaz e presenteá-lo com uma bicicleta especial, para um novo começo.
"Ela achou a banquinha ruim, como eu tinha feito tudo à mão, com cartolina e tudo mais, aí ela falou: vou te dar uma food bike. Quando eu inaugurei e não apareceu ninguém, acabou custando caro para o meu sonho, para o nosso sonho, meu e da minha mãe, e custou investimento. Mas eu não quero que as pessoas me vejam no lugar de vítima", expressou o cozinheiro.
Uma luz no fim do túnel apareceu e, após tornar o caso público, pessoas começaram a se solidarizar com o rapaz, ajudando ele a reunir materiais para retomar as produções. Nas redes sociais, foi mobilizada até uma campanha por meio de uma vaquinha online para ajudar a realizar esse desejo.
"Uma galera lá que me ajudou, que viu meu post, se sensibilizou com a história e resolveu fazer a vaquinha. Começou de ontem [13] para hoje [14] e, se eu não tiver enganado, já está em R$4 mil, a meta é R$20 mil para conseguir abrir minha loja", disse esperançoso.
Além da ajuda, após o caso repercutir, Jaime também garantiu que as vendas alavancaram muito e que pessoas de outros estados abraçaram seu sonho.
"Agora duplicou o faturamento, a coisa melhorou muito porque é nível Brasil. Tem gente do Amapá, Alagoas, Manaus, Bahia, Belém do Pará, me mandando mensagem de apoio e carinho. Eles compraram virtualmente e pedem para eu doar os doces para alguém", disse bem humorado.
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