Cidades
Programa de combate à extrema pobreza é lançado em Maricá
O projeto Chegou a Sua Vez, que combate à extrema pobreza, chega a Maricá. Fruto da parceria entre a Prefeitura de Maricá, através do Instituto Municipal de Informação e Pesquisa Darcy Ribeiro (IDR), e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).
A meta do programa é reduzir a vulnerabilidade das famílias selecionadas em 80% durante os 16 meses de programa. O Projeto Chegou a Sua Vez é dividido em três fases, sendo a primeira a busca ativa das famílias, a segunda vai ter a atuação com base no protocolo integrado e, a última, será o monitoramento dos selecionados pelo programa.
O programa é intersetorial e reúne diversas secretarias e autarquias de Maricá em um esforço conjunto para identificar e retirar famílias da extrema pobreza e inseri-las no sistema de proteção social já existente no município. O lançamento aconteceu, na última quinta-feira (24), na Lona Cultural Professor Luiz Carlos Viegas da Silva, em Inoã, uma das localidades que receberá os agentes da busca ativa do programa.
Essas áreas foram definidas através do Índice de Desenvolvimento Social (IDS), que analisa a Educação, Saúde e qualidade de vida de cada grupo familiar e define o quão socialmente vulneráveis estas são.
“Vamos transformar a vida de quem nem sequer é visto hoje. Temos unidos um corpo de secretários, subsecretários, agentes públicos fazendo um esforço coletivo de um programa que nasce para gerar dados, números e encontrar pessoas que estão fora da nossa políticas sociais. Mas ele também nasce para trazer, ao mesmo tempo, a mudança para a vida daquela pessoa. Chegou a nossa vez de agirmos em uma sociedade que precisa ser transformada a cada dia”, disse o prefeito Fabiano Horta.
“Toda a população deverá ser beneficiada, mas as atividades irão se concentrar naquelas famílias que não são enxergadas pela rede de proteção social já existente. Por isso a necessidade da busca ativa, um censo que identificará cada indivíduo, cada casa, e através dos dados colhidos iremos apontar quais serão os atendidos e acompanhados pelo programa”, explicou o presidente do IDR Alan Novais.
Diretor regional da ONU-Habitat para América Latina e o Caribe, Elkin Velásquez, comentou sobre o aniversário da Organização das Nações Unidas (ONU), que completou 74 anos na quinta-feira (24).
“Podemos comemorar aqui um dos nossos objetivos: o multilateralismo. Estamos apoiando a redução da pobreza em uma cidade tão importante para o Brasil e a América Latina como é Maricá”, afirmou.
Elkin também acredita que acabar com a pobreza precisa ser rápido, mas com planejamento. “Temos que fazer também com método, sistematização, disciplina, missão de longo prazo e consistência. Na política pública isso tem que se se materializar, e só acontece com evidências e informações. E quando o prefeito nos chamou e falou que quer reduzir a pobreza com evidências e informações, dissemos que esse é o caminho certo. Estamos aqui para acompanhar e compartilhar o conhecimento internacional, as boas práticas das cidades do mundo nesse esforço”, colocou o diretor da ONU-Habitat.
A Assistência Social foi representada pela subsecretária Laura Vieira. “Estamos aqui para trabalhar para quem precisa. É assim que conseguimos uma cidade melhor, uma vida melhor, pessoas felizes vivendo em um lugar saudável. Nosso objetivo é descobrir onde estão nossas famílias mais necessitadas e, com esse projeto, vamos chegar diretamente à quem precisa”, acredita a gestora.
Uma das secretarias envolvidas e de maior relevância é a Educação. A responsável pela pasta, Adriana Luiza da Costa, comentou a diferença que o “Chegou a Sua Vez” deverá proporcionar à cidade. “Em um só programa, vamos atingir sete dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, dentre eles assegurando educação inclusiva. Estamos fazendo com que Maricá alcance o desenvolvimento sustentável”, ressaltou.
Simone Costa, secretária de Saúde (pasta partícipe do projeto), relembrou um caso vivido em 2017 em que ela se deparou com uma comunidade em Maricá que vivia excluída. Durante uma visita a essa localidade, foi constatado que muitos não tinham registros de nascimento, com diversas crianças fora da escola e o poder público não continha nenhum dado sobre esses indivíduos.
“É importante a ação contundente do governo. Não podemos achar normal ter uma família em pobreza extrema, com pessoas morrendo de fome. Isso não pode acontecer. Esse não é um projeto do IDR, não é um projeto da ONU, é um projeto de integração. É fascinante”, concluiu Simone, ressaltando a importância da intersetorialidade das pastas do governo nessa ação.
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