Braços cruzados
Professores da rede estadual entrarão em greve na próxima semana
Profissionais questionam que piso nacional não será para todos
Um dia após o Governo do Estado anunciar que vai conceder o piso nacional do magistério (que é cerca de R$ 4,4 mil atualmente), os profissionais de Educação decidiram em assembleia, nesta quinta-feira (11), que vão entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (17) por tempo indeterminado. O motivo? Justamente a proposta apresentada pelo governo, uma vez que, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), não contempla todos os professores da rede estadual de ensino.
O Governo do Estado diz que a correção será concedida a todas as carreiras de professores e paga a partir da folha salarial relativa ao mês de maio, e o pagamento também contemplará os servidores inativos do magistério.
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O Sepe, por sua vez, afirma que Castro está "mentindo, pois o plano do governo não é uma incorporação do piso a todas as carreiras e sim um reajuste dos salários que estão abaixo do piso. Segundo a Seeduc, 33% dos aposentados e 42% da ativa recebem abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste”.
Ainda segundo o Sepe, o valor teria que ser correspondido ao tempo de trabalho, o que não foi acordado. "Só vai receber esse valor quem está chegando agora. Cerca 70% dos professores que estão em atividade não terão esse reajuste e 60% dos aposentados também não serão contemplados. Ou seja, ele (governador) está destruindo o plano de carreira", disse a coordenadora do Sepe, Samantha Guedes.
O Governo do Estado afirmou também que está trabalhando para que chegar a um denominador comum e que irá cumprir a lei, “mas que existe a necessidade da complementação e apoio do governo federal e, inclusive, um projeto de lei no Congresso Nacional que criaria o piso nacional dos funcionários administrativos”.
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