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    Manifestação

    Parentes de menina atropelada em SG pedem por justiça

    Miriã Quintanilha, de 10 anos, morreu na hora

    Publicado 11/05/2022 às 17:58 | Autor: Manuela Carvalho
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    Cartazes com pedidos de justiça e roupas com mensagens deram o tom na manhã desta quarta em São Gonçalo
    Cartazes com pedidos de justiça e roupas com mensagens deram o tom na manhã desta quarta em São Gonçalo |  Foto: Marcelo Tavares

    Familiares e amigos da pequena Miriã Quintanilha, de 10 anos, clamaram por justiça durante um ato no bairro Pacheco, em São Gonçalo, na manhã desta quarta-feira (11). A criança morreu na noite da última quinta-feira (5), depois de de ser atropelada na Rua Alzira Vargas por um carro. O motorista fugiu do local e ainda não foi identificado.

    De acordo com a família, até o momento, eles só tiveram acesso a uma das câmeras de segurança, a que mostra a criança desacompanhada dos parentes, pouco antes do acidente. A tia de Miriã, Bruna Quintanilha, que estava com ela na hora do ocorrido, conta o que de fato aconteceu naquela noite.

    Moradores do local também reivindicaram maior segurança na região

      

    "Eu tenho transtorno de ansiedade, comecei a me sentir mal. Estavávamos eu, meu esposo, minha filha de 3 anos, meu filho de 5 e a Miriã. Eu falei para meu esposo me dar a chave que eu ia na frente, só que, até então, eu estava de costas, não vi a Miriã atrás de mim. Ela estava com meu esposo e meus dois filhos. Quem forneceu a imagem focou só nesse momento, se desse completo ia ver que atrás estava o tio e duas crianças", explica. 

    • Beatriz Quintanilha pede para que quem saiba de alguma informação, conte às autoridades
      Beatriz Quintanilha pede para que quem saiba de alguma informação, conte às autoridades | Foto: Marcelo Tavares
    • A criança morreu atropelada e o motorista fugiu
      A criança morreu atropelada e o motorista fugiu | Foto: Marcelo Tavares
    • A avó materna de Miriã clamou por justiça
      A avó materna de Miriã clamou por justiça | Foto: Marcelo Tavares
    • Mãe disse que no coração ficou um vazio
      Mãe disse que no coração ficou um vazio | Foto: Marcelo Tavares
      

    Durante a manifestação, parentes demonstraram revolta e pediram para que o autor do crime seja identificado. Moradores do local também reivindicaram  maior segurança na região, com quebra-molas para que evite carros em alta velocidade na rua. 

    Irmã mais velha da criança, Beatriz Quintanilha fez um apelo à população.

    Aspas da citação
    Caso alguém saiba, queria tivesse empatia pelo próximo, eu sei que é difícil que muita gente tem medo, mas muita gente também é mãe, pai, é irmã assim como eu, que se coloque no lugar da minha família. A gente só queria descobrir quem foi, para que essa pessoa pudesse pelo menos dar uma explicação do porquê não socorreu
    Beatriz Quintanilha Irmã da vítima
    Aspas da citação
      

    A mãe de Miriã contou que a perda da caçulinha foi uma das dores mais inexplicáveis do mundo, mas que tem encontrado forças nos outros três filhos para continuar. Ela pede para que a prefeitura tome providências na rua, que ainda oferece riscos para outras pessoas.

    "Parece que tô sem coração, um vazio, mas eu tenho que seguir porque tenho mais três filhos. Precisa fazer quebra-molas ou pardal aqui nessa rua, porque o prefeito melhorou só o asfalto, só que os moradores não têm segurança", disse inconformada.

    O corpo da jovem Miriã Quintanilha dos Santos, de 10 anos, foi sepultado na tarde da última sexta-feira (6) no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. 

    Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo disse que toda a via estava devidamente sinalizada, dentro do que rege o Código Nacional de Trânsito. O órgão informou ainda que o município está iniciando a instalação de câmeras da Central de Segurança de São Gonçalo, o que irá garantir um maior controle do tráfego e vigilância 24 horas nos principais corredores viários da cidade. O monitoramento eletrônico terá cerca de 300 câmeras.

    Já a Polícia Civil informou que as investigações seguem na 74ª DP (Alcântara). Os agentes analisam imagens de câmeras e procuram outros elementos e informações para identificar a autoria do atropelamento e esclarecer os fatos.

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