Segurança
Terminal de Niterói terá mudanças após morte de passageira
Desde 2013, já foram contabilizados cinco acidentes fatais
Mesmo com diversas placas de alerta sobre a proibição da travessia de pedestres nas pistas do Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro de Niterói, muitos continuam a arriscar a própria vida. O perigo ficou evidente após a morte de Maria Rosa Ribeiro, de 82 anos, na última terça-feira (17).
A idosa foi atropelada ao tentar atravessar uma das baias, onde a visibilidade dos motoristas é limitada. Diante do ocorrido, a direção do Terminal decidiu intensificar as medidas de segurança, instalando bloqueios nos pontos cegos das áreas de embarque. A medida está em fase de estudos.
“O usuário precisa entender o risco. Temos ações para tentar inibir que os pedestres atravessem, sejam em placas ou com os orientadores, mas mesmo assim, os usuários insistem em atravessar. Ontem tivemos uma reunião com algumas empresas. Estamos estudando um projeto para colocar da melhor forma os bloqueios nos pontos cegos das baias”, explicou Marcelo Souza, gestor de qualidade do Terminal.
Com a instalação dos bloqueios, a expectativa é que os pedestres sejam obrigados a usar as passagens seguras, evitando as áreas de risco e reduzindo o número de acidentes no terminal.
Cinco mortes
Desde 2013, cinco acidentes fatais foram registrados no Terminal João Goulart, todos envolvendo idosos que tentavam atravessar entre as baias de ônibus. A informação é da empresa Teroni, responsável pela administração do local.
Marcelo Souza reforçou que os idosos são as principais vítimas desse tipo de acidente. "De 2013 pra cá tivemos cinco casos fatais justamente nessa travessia irregular", destacou.
Avisos ignorados
Por dia, cerca de 150 mil pessoas circulam pelo terminal, e a direção está determinada a evitar que novas tragédias ocorram.
Além das placas e dos orientadores, o terminal também conta com uma rádio interna que reforça a importância de usar as passagens corretas e seguras.
Mesmo assim, muitos pedestres foram flagrados pelo ENFOCO, nesta quinta-feira (19), ignorando os avisos e se arriscando em áreas perigosas, especialmente nas baias entre os ônibus que fazem a ligação entre Niterói e São Gonçalo.
Impactos
Adriano Felix, diretor do Sindicato dos Rodoviários, ressaltou que além do risco de acidentes fatais, há também um impacto emocional para as famílias e até mesmo para os motoristas.
A maioria dessas pessoas corre um risco fatal. Quando não são acidentes fatais, as lesões são graves. Hoje, o nosso pedido é de conscientização, para que, através dessas placas, a população possa respeitar sua própria vida, atravessando no local seguro
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