Cidades
Marinha encontra objeto que pode ser de lancha sumida no Rio
A Marinha encontrou, nesta quarta-feira (3), um objeto que pode ser da lancha desaparecida no mar do Rio na semana passada. A embarcação "O Maestro" deixou o Iate Clube Jardim Guanabara, no Rio de Janeiro, e seguia em direção à capital cearense.
O objeto, um freezer, segundo a força armada, foi encontrado por volta das 10h, no percurso próximo onde os tripulantes fizeram o último contato, no sábado (30), a leste da costa de Cabo Frio, na Região dos Lagos.
Dentro do refrigerador os militares encontraram comida dentro da validade e em bom estado, indicando ser recente.
A bordo da embarcação estavam: José Cláudio de Sousa Vieira, mecânico de máquinas; Domingos Salvio Ribeiro de Souza, empresário; Guilherme Ambrósio de Oliveira Nascimento, comandante; Wilson Martins dos Santos, pescador; e Ricardo José Kirst, empresário e dono da lancha.
Ao longo do trajeto, de acordo com vídeos e áudios enviados para familiares, a embarcação teve problemas com o motor, fazendo com que a tripulação parasse para repará-los e seguir viagem.
As esposas de alguns tripulantes estão no Rio para acompanharem as buscas de perto. De acordo com a filha de José Cláudio, Aline Veira, há rumores de que o barco tenha mais de 20 anos de fabricação e o empresário chegou a ser alertado para que não comprasse. Ela não fala com o pai desde o último sábado (30).
"Eles iriam do Rio para Fortaleza na lancha. Só que a gente descobriu, por pescadores, que era muito velha e que tinha mais de 20 anos. Só que ele decidiu comprar mesmo assim, porque meu pai iria também para consertar, caso desse problema. Não falo com meu pai desde sábado (30) e estou desesperada. Não durmo desde de domingo", disse.
Em nota, a Marinha informou que soube do caso dos tripulantes sumidos no mar do Rio no último domingo (31) e iniciaram as buscas pelos cinco ocupantes da embarcação "O Maestro" imediatamente, no litoral norte do Rio de Janeiro, nas proximidades do Farol de São Tomé.
O órgão militar empregou Navio-Patrulha “Macaé” e a aeronave Sea Hawk (SH-16), da Marinha do Brasil, além de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e aeronaves civis que trafegam naquela área.
A nota diz ainda que "as buscas seguem padrões técnicos e consideram os efeitos de correntes de deriva e ventos observados na área. Nos esforços realizados até o presente momento, não foram encontrados indícios que pudessem contribuir para a localização da embarcação e de seus ocupantes".
Até esta quinta-feira (4), a Marinha já havia realizado uma varredura de mais de 44.000 km², percorrendo uma faixa litorânea entre Porto do Açu, São João da Barra (RJ) e a Restinga da Marambaia (RJ), com um distanciamento de até 90 km da costa.
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