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    Maricá recebe seminário sobre empreendedorismo feminino

    Publicado 09/08/2019 às 17:43 | Autor: Plantão Enfoco
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    Seminário "Ela Pode" foi realizado em Maricá. Foto: Divulgação

    Cerca de 120 mulheres lotaram o Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU), na Mumbuca, que nesta sexta-feira (9) recebeu a primeira edição do seminário ‘Ela Pode’ realizada em Maricá.

    A iniciativa, promovida pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), contou com oito horas de imersão em temas relevantes para o empreendedorismo feminino como: liderança, comunicação, redes de apoio, marca pessoal, autoimagem, negociação, relação com o dinheiro e ferramentas digitais.

    “O programa acontece originalmente em 16h, são dois dias de seminário. Aqui em Maricá, para atender às demandas do local, trouxemos um formato compacto feito em um dia, com um total de oito horas. O que fazemos aqui, é preparar o terreno para que a semente do negócio possa ser lançada”, explicou a multiplicadora do programa, Inês Rocha.

    De acordo com a também multiplicadora Maria José Feres, o objetivo do IRME, junto com o programa ‘Ela Pode’, é emancipar as mulheres financeiramente, para que elas tenham poder de decisão sobre seus negócios e suas vidas.

    “Este programa foi lançado para alcançar mulheres em situação de vulnerabilidade social, econômica e emocional, mulheres que precisão encontrar um caminho que nem sempre se apresentam no ambiente onde elas estão”, afirma Maria José.

    “Quando fazemos este tipo de capacitação, estamos dando condições para que elas possam enxergar suas próprias condições. O importante é que saiam daqui ativadas, fortalecidas para encontrar seus pontos fortes e fracos, sabendo que nós todas fazemos parte de uma grande rede de apoio”, acrescentou.

    Para a coordenadora de Políticas para as Mulheres, Luciana Piredda, este é um passo muito importante para que algumas mulheres consigam romper com ciclos de violência.

    “A Casa da Mulher, que é na verdade a Coordenação de Políticas para as Mulheres, compreende que iniciativas como estas são muito importantes no contexto da aplicação de políticas públicas para as mulheres”, analisa.

    “Quando falamos do enfrentamento à violência trabalhamos um tripé composto pela proteção, pela assistência na rede local e pela criação de mecanismos que façam com que essa mulher consiga se colocar no mercado de trabalho, porque uma das questões que mais a prendem em um ciclo de violência é a dependência econômica”, afirmou Luciana.

    Apoiadora, e uma das responsáveis por trazer o programa ‘Ela Pode’ para o município, Sirlei Neto falou sobre trazer a atividade a cidade onde mora.

    “Quando participei do seminário, precisei busca-lo no Rio. Fui tão impactada que pensei em trazer para outras mulheres. Comecei a estudar, conversei com as multiplicadoras, eu as convidei e alinhamos juntas o contato com a prefeitura”, lembrou.

    Depois de trabalhar por 10 anos como administradora e parar com o nascimento dos filhos, Lídia Cruz foi outra responsável pela realização do ‘Ela Pode’ na cidade.

    “Para voltar ao mercado de trabalho, comecei a vender doces e cestas de café da manhã, com isto, percebi a dificuldade que as pessoas que trabalham em casa encontram na hora de precificar seus produtos. Fui buscar especializações e agora começo um trabalho nesta área. Participei do ‘Ela Pode’ no Rio, e lá eu pude visualizar que as mulheres têm um bom material, muita vontade de trabalhar, mas a maioria não tem conhecimento administrativo e de marketing. E aqui nós aprendemos um pouco sobre isso”, ressaltou.

    “Sou o tipo de pessoa que quer sempre conhecer coisas novas e aprender. Trabalho com costura e pretendo virar empreendedora nesta área. Espero colocar tudo aquilo que foi passado aqui em prática”, disse a moradora de Itaipuaçu, Antônia Eliana (47 anos).  

    “Fiz alguns cursos no Rio, mas para quem trabalha por conta própria, sair de Maricá para fazer algum treinamento acaba fazendo com que a gente perca um dia inteiro de produção. Ter a facilidade de uma instrução perto de casa, dispondo apenas de algumas horas, foi bem melhor, rendeu muito mais”, finalizou a artesã Alice Moreira (33 anos), que mora no Caxito. 

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