Violência
Mãe de jovem morto no Rio acusa PM: 'Executaram meu filho'
Jonathan foi baleado no peito na noite desta segunda (25)
Jonathan Ribeiro de Almeida, 18 anos, foi baleado no peito na noite desta segunda-feira (25), dentro da comunidade do Jacarezinho, Zona Norte do Rio. O jovem chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos, mas não resistiu aos ferimentos. Monique Ribeiro dos Santos, de 35 anos, Mãe de Jhonatan, acusa a Polícia Militar pela morte do filho.
Testemunhas afirmam que o tiro que atingiu Jonathan partiu da arma de um policial, e os mesmo, após efetuar o disparo, fugiram. Ainda de acordo com moradores, não havia nenhuma operação policial ocorrendo no momento em que o jovem foi baleado.
Já a PM afirma que o rapaz estava portando uma réplica de pistola e possuía drogas. Eles ainda informaram que o Batalhão de Choque estava participando de uma ocorrência realizada no local quando o menino foi atingido. Eles tentaram prestar socorro, mas não conseguiram devido a ataques de um grupo de moradores que, segundo o relato, atiraram pedras e garrafas em direção a equipe.
A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Capital e o comando da corporação determinou um procedimento apuratório na Corregedoria Geral da SEPM. A réplica de arma e as drogas já estão a disposição da perícia.
Um vídeo postado pelo deputado federal David Miranda (PDT-RJ), mostra imagens do fotógrafo Bruno Itan registradas no momento em que moradores realizaram um protesto na comunidade.
Executaram o meu filho no meio da rua
A Mãe de Jhonatan participou de um protesto na comunidade após a morte do jovem. Bastante abalada, ao jornal O Globo, ela acusou os policiais de terem tirado a vida do filho.
"Mataram meu filho de 18 anos no meio da rua. Um menino. Não teve troca de tiro. Meu filho não é traficante, não deve nada a eles. Deixou um filho de 4 meses. Eles mataram e foram embora. Era honesto, trabalhava vendendo roupa. Executaram o meu filho no meio da rua" contou.
Monique disse ainda que moradores testemunharam o disparo e pediu justiça. "O que eu quero é Justiça. Justiça pela morte do meu filho. Não quero que outras mães passem pelo que eu estou passando".
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