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    Idosos de São Gonçalo serão vacinados em casa

    Publicado 15/01/2021 às 17:48 | Autor: Plantão Enfoco
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    Publicada às 17h48. Atualizada às 18h54.

    Idosos residentes no município terão prioridade na campanha de vacinação. Foto: EBC

    A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo recebe, neste sábado (16), 320 mil seringas da Secretaria de Estado de Saúde. A entrega faz parte do planejamento de vacinação contra a Covid-19, que terá, a princípio, 23 locais de imunização espalhados pela cidade. Segundo a prefeitura, os idosos serão vacinados em casa, assim como aconteceu com a vacinação da gripe no ano passado.

    A previsão é que, na próxima segunda-feira (18), toda a estratégia de imunização já esteja definida pelo Ministério da Saúde. 

    A Prefeitura de São Gonçalo garante que cidade está preparada para receber as vacinas contra o coronavírus e vai seguir o Plano Nacional de Vacinação determinado pelo Ministério da Saúde. O planejamento prevê a vacinação dos trabalhadores da saúde, idosos com mais de 75 anos e institucionalizados (aqueles que estão em asilos e outras instituições) e indígenas na primeira fase. Em São Gonçalo, serão cerca de 50 mil pessoas. 

    Para garantir a qualidade das vacinas, as geladeiras domésticas das salas de imunização estão sendo substituídas por novas câmaras de conservação. São 90 no total, e as câmaras garantem que as vacinas permaneçam eficientes mesmo com falta de luz durante 24 horas. 

    “Já disponibilizamos 23 unidades de saúde para a aplicação da vacina, mas eles podem ser ampliados conforme a demanda. Os idosos serão vacinados em casa”

    André Vargas, secretário municipal de Saúde

    A segunda fase deve contemplar idosos de 60 a 74 anos; a terceira será para pessoas com comorbidades (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares); a quarta fase será para professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade. As datas das fases ainda serão definidas pelo Ministério da Saúde e podem sofrer alterações. 

    A vacina contra a Covid-19 é contraindicada para menores de 18 anos, gestantes e para pessoas que já apresentaram reação anafilática confirmada a qualquer componente da vacina.

    Estado

    O Governo do Estado do Rio de Janeiro dá início, neste sábado (15), à distribuição do primeiro lote de seringas para a campanha de vacinação contra Covid-19. Ao todo, nesta primeira fase, a Secretaria de Estado de Saúde enviará 5,5 milhões de seringas descartáveis de 3 ml com agulha aos 92 municípios do Estado.

    A mega-operação para realizar a entrega do material em apenas quatro dias para todos os municípios do Estado contará com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que dará suporte com 17 comboios fazendo a escolta dos veículos da Secretaria de Estado de Saúde que levarão as seringas para as cidades, além do reforço do Viagem Segura, policiamento que cobre as rodovias estaduais e federais. Cem policiais militares participarão diariamente da ação, que será monitorada pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

    "Estamos prontos para vacinar a população fluminense. Agora, é hora de cada cidade do estado receber seringas e agulhas para a primeira fase de imunização. Cada cidadão, de forma igualitária e seguindo o Plano Nacional de Imunização, terá direito à vacina, de Natividade à Paraty. Os helicópteros do Estado, que já serviram apenas para comodidade de autoridades, agora estão à disposição para serem utilizados na distribuição dos insumos e da vacina, se houver necessidade. Compramos os materiais no menor preço do Brasil e isso faz parte de uma política transparente e com planejamento da nossa gestão", afirmou o governador.

    Na última quarta-feira (13), a SES encaminhou aos secretários municipais de Saúde um ofício recomendando que as seringas sejam de uso exclusivo da campanha de vacinação contra Covid-19. O material corresponde ao mesmo número de doses que serão necessárias para imunizar a população que se encaixa nas quatro fases iniciais da vacinação.

    "A Secretaria de Saúde já tem em sua rotina as vacinações pelo SUS e histórico de grandes campanhas de imunização. Estamos preparados para dar início à vacinação. A distribuição das seringas é mais um passo desse processo para garantir que toda a população do Estado seja vacinada", ressaltou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves.

    Em dezembro do ano passado, a SES recebeu 8 milhões de agulhas e seringas adquiridas por meio de licitação. Um segundo lote com outras 8 milhões de agulhas e seringas tem previsão de entrega à SES em fevereiro. Esse material foi comprado a 17 centavos a unidade, abaixo do valor estabelecido nas atas de preço vigentes.

    Outro processo de aquisição, de mais 50 milhões de agulhas e seringas, já foi iniciado e estará concluído para as fases seguintes da campanha de vacinação contra a Covid-19.

    Monitoramento pós-vacinação

    A SES criou Grupo Técnico de Investigação de Eventos Adversos Pós-vacinais para Covid-19. A comissão de especialistas da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES tem a missão de auxiliar os municípios para que façam a notificação de forma correta, seguindo os procedimentos operacionais dos eventos adversos pós-vacinais graves ou inusitados.

    Os técnicos também vão assessorar os municípios na investigação dos casos quando necessário. O objetivo é que os processos de notificação, investigação, acompanhamento e elucidação de possíveis eventos aconteçam com agilidade.

    Plano Nacional de Imunização

    A SES vai seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde (MS), que prevê a distribuição de vacinas contra Covid-19 para todos os estados do país. O PNI acontecerá inicialmente em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses.

    Fases

    A primeira fase prioriza os trabalhadores da saúde, a população idosa a partir de 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena;

    - A segunda fase inclui pessoas de 60 a 74 anos;

    - A terceira fase prevê a vacinação de pessoas com comorbidades e, por isso, maior risco de agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares);

    - A quarta fase abrangerá professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

    População

    As quatro fases juntas contabilizam 5.454.912 habitantes. Na primeira fase, serão cerca de 811.235 idosos acima de 75 anos; 545.197 trabalhadores da saúde; 339 indígenas; e 10.892 mil idosos em instituições de longa permanência (1.367.663 pessoas, ao todo).

    Na segunda fase, teremos cerca de 2.181.861 de idosos na faixa de 60 a 74 anos. Na terceira, cerca de 1.666.259 de pessoas com comorbidades. Na quarta fase, 97.225 professores; 92.205 profissionais das forças de segurança pública e salvamento; 991 funcionários do sistema prisional e 48.708 privados de liberdade.

    Outras medidas de enfrentamento

    Entre os meses de novembro e dezembro, a SES ampliou a rede dedicada ao tratamento da Covid-19 em 989 leitos, sendo 390 de UTI adulto e 599 de enfermaria nas unidades estaduais, a partir de incentivos do estado. Também foram realizados 26.897 testes de RT-PCR desde o dia 4 de dezembro nas quatro unidades abertas pelo estado.

    O programa é complementar à testagem de RT-PCR, que já vem sendo realizada em unidades municipais de saúde, coordenada pela SES. Desde o início da pandemia, já foram realizados 504.276 mil testes em parceria entre a SES, COSEMS e a Fiocruz.

    Regulação Unificada

    Nesta quarta-feira (13), a Secretaria publicou resolução que cria a regulação unificada para leitos destinados a pacientes com Covid-19 em todo o estado, conforme o Plano de Resposta de Emergência ao Coronavírus. O documento estabelece que todos os leitos clínicos, obstétricos, pediátricos e de terapia intensiva com suporte ventilatório destinados ao tratamento de Covid-19 estarão sob a gestão estadual, por meio da Central Estadual de Regulação (CER), enquanto durar o estado de emergência em saúde pública.

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