BRT
Greve no BRT faz Rio entrar em Estágio de Mobilização. Entenda
Passageiros amanheceram sem o transporte público
Rodoviários do BRT entraram em greve por tempo indeterminado na madrugada desta sexta-feira (25). A categoria reinvindica melhorias nas condições de trabalho, além de reajuste salarial e investimento na segurança. Por conta da paralisação, o Centro de Operações decretou Estágio de Mobilização, ou seja, risco de colapso na mobilidade urbana por conta do ocorrido. O estágio representa a segunda categoria que vai de 1 a 5.
Com a paralisação, passageiros ficaram sem transporte, devido às estações do BRT estarem fechadas. De acordo com a administradora do transporte, MOBI-Rio, as linhas dos corredores Transolímpica e Transcarioca estão paralisadas. Já a Transoeste está funcionando parcialmente, apenas com a linha Santa Cruz x Alvorada, operada por ônibus comuns.
Segundo a Prefeitura do Rio, os motoristas entraram em greve sem qualquer aviso prévio. O Executivo, através da empresa MOBI-Rio, orientou a população que procure outra alternativa de transporte público para se locomover.
A prefeitura ressalta ainda que não recebeu qualquer comunicado, por parte da categoria ou qualquer outra liderança, sobre a intenção dessa paralisação ou a pauta de reivindicações.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) indagou que a greve tem a ver com o querer de empresários em reconquistar a concessão do BRT, atualmente nas mãos da prefeitura.
Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema.
— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 25, 2022
Sindicato repudia
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, cerca de 480 profissionais, que trabalham nas três linhas do BRT, entraram em greve. Os trabalhadores reivindicam um novo contrato que garanta férias, 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio-desemprego, reajuste salarial, ticket alimentação, plano de saúde, pagamento de horas extras e contratação dos funcionários afastados pelo INSS. Contudo, o presidente do Sindicato, Sebastião José, informou que não tomou conhecimento da greve antes de acontecer e foi pego de supresa, sendo uma atitude realizada pelos próprios motoristas.
Já o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro repudiou as declarações do prefeito Eduardo Paes. Segundo o Rio Ônibus, como também é conhecido o sindicato, a greve é consequência do descaso e da omissão da Prefeitura em relação ao setor de transporte por ônibus.
"Mesmo ignorando as necessidades das linhas circulares e investindo milhões no BRT, o sistema vive apenas de promessas não cumpridas há um ano, desde que a Prefeitura assumiu a gestão dos corredores. O Rio Ônibus repudia o posicionamento do prefeito Eduardo Paes e ressalta que a paralisação é uma das consequências do que a inércia e a falta de governança do poder público são capazes de fazer, deixando milhares de passageiros sem ônibus", diz a nota.
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