Vereadora do PT é achada morta com requintes de crueldade

A cidade de Formigueiro, na Região Central do Rio Grande do Sul, amanheceu em choque nesta terça-feira (17) com a notícia da morte da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos. Única mulher entre os nove parlamentares da Câmara Municipal, Elisane foi encontrada sem vida com diversos golpes de faca pelo corpo.

O crime, segundo a Polícia Civil, teria ocorrido durante a madrugada, poucas horas após a vereadora participar da sessão legislativa na noite de segunda-feira (16). O corpo foi localizado ao lado do carro dela, em uma estrada de terra no interior do município. Havia sinais evidentes de violência, com perfurações na região do tronco e um corte profundo no pescoço.

De acordo com o delegado Antonio Firmino, responsável pela investigação, vestígios de sangue no para-brisa e no banco do veículo indicam que as agressões podem ter começado ainda dentro do carro.

“Suspeitamos que ela tenha sido atacada ali e depois caído ao lado do veículo”, afirmou o delegado em entrevista ao portal G1. A ausência de câmeras de segurança no local dificulta o avanço das investigações nas primeiras horas.

A principal linha de investigação aponta para a hipótese de que a vereadora tenha sido atraída ao local por uma ou mais pessoas conhecidas. A possibilidade de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, foi praticamente descartada pela polícia, já que todos os pertences da vítima foram encontrados no veículo.

O corpo de Elisane foi encaminhado para Santa Maria, onde passa por perícia detalhada.

A morte da vereadora gerou forte comoção política. Em nota, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), lamentou o crime e lembrou que Elisane havia sido homenageada recentemente com o Prêmio Mulheres de Luta 2025.

“Mesmo ainda impactados pela notícia, desde já, nós nos somamos aos familiares, amigos e colegas de trabalho no pedido por justiça e por punição ao responsável por esse crime bárbaro”, destacou o parlamentar.

A Polícia Civil segue trabalhando para esclarecer o caso.