STF recebe ameaça com imagem de uma arma e livros religiosos

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta quinta-feira (14) que o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu uma ameaça por e-mail após o atentado realizado na véspera.

Segundo Andrei, o e-mail foi enviado para a Presidência, a Ouvidoria e a área de Tecnologia da Informação do STF. Nele, havia um imagem mostrando uma arma ao lado de dois livros religiosos.

Ainda de acordo com o diretor-geral da PF, havia uma mensagem dizendo que há uma luta contra o Supremo e que não haverá descanso até que a Suprema Corte brasileira seja totalmente eliminada.

Até o momento, não há a identificação de quem enviou o respectivo e-mail. A Polícia Federal está investigando o caso.

Atentado em frente ao STF

Na noite desta quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como 'Tiu França', ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, morreu após detonar os explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

As explosões ocorreram por volta das 19h30. Primeiro, foram detonados explosivos em um carro estacionado no anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, houve a explosão de artefatos no corpo do autor do ataque, em frente à sede do Supremo.

Antes do atentado, Francisco chegou a fazer ameaças, via mensagem de WhatsApp, a William Bonner.

Além do jornalista, no mesmo canal de mensagens, ele também intimidou políticos como: José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso.

“Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merd* [sic]: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso… Vocês 4 são VELHOS CEBÔSOS nojentos [sic]”, escreveu.

Em meio às ameaças, Francisco Wanderley chegou a dizer que “o jogo” iria acabar no próximo sábado (16).

“Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc. Início às 17h48 horas do dia 13. O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!!!”, afirmou.

De acordo com Andrei Rodrigues, da PF, o autor agiu sozinho. "Quero fazer um registro da gravidade dessa situação que nós enfrentamos ontem. Que apontam que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Não só a Polícia Federal, mas todo o sistema da Justiça Federal. Entendemos que o episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações", disse.