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    Paciente acorda na mesa de cirurgia de órgãos para transplante

    Thomas Hoover foi declarado com morte cerebral após overdose

    Publicado 21/10/2024 às 12:22 | Autor: Enfoco
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    Thomas Hoover, de 36 anos
    Thomas Hoover, de 36 anos |  Foto: Reprodução

    O estadunidense Thomas Hoover, de 39 anos, acordou na mesa de cirurgia no momento em que os médicos se preparavam para retirar seu coração para transplante em Kentucky, nos Estados Unidos. Ele havia sofrido uma overdose quando os médicos constataram morte encefálica.

    Em outubro de 2021, Thomas, com 36 anos na ocasião, foi levado para o Baptist Health Richmond Hospital após sofrer uma overdose de medicamentos. Na unidade, os médicos constataram que ele teve morte cerebral e iniciaram os testes para avaliar se ele era apto à cirurgias de transplantes de órgãos. As informações foram divulgadas pela rádio estadunidense National Public Radio (NPR).

    Na ocasião, Natasha Miller era encarregada de preservar os órgãos de Thomas no hospital. Ela informou que quando as enfermeiras conduziram o possível doador, ele começou a se debater, demonstrando que "parecia muito vivo".

    "Ele estava se movendo, meio que se debatendo", lembrou. "E então, quando fomos até lá, dava para ver que ele tinha lágrimas escorrendo. Ele estava chorando visivelmente’’, explicou a mulher.

    Após ter se manifestado, dois médicos que estavam encarregados de realizarem a cirurgia desistiram de participar do procedimento. No entanto, Miller afirmou que escutou o coordenador da Kentucky Organ Donor Affiliates (KODA), solicitando outros médicos para realizar a cirurgia. Ela afirmou que o pedido foi feito de forma "insensível", mediante à situação.

    Posteriormente, uma outra funcionária da organização KODA, identificada como Nyckoletta Martin, afirmou que revisou os relatórios do caso de Thomas e descobriu que o doador já apresentava sinais vitais desde o momento em que foram realizados exames para testar se o coração de Thomas era viável para transplante.

    Thomas mora com a irmã, Dora Rhorer, sua tutora legal
    Thomas mora com a irmã, Dora Rhorer, sua tutora legal |  Foto: Reprodução

    "O doador acordou durante o procedimento naquela manhã para um cateterismo cardíaco. E ele estava se debatendo na mesa", lembrou Martin. Ela ainda afirmou que na ocasião, os médicos apenas sedaram Thomas para dar continuidade aos testes.

    O caso fez com que diversos funcionários da KODA se desligassem da organização: "Dediquei minha vida inteira à doação e transplante de órgãos. É muito assustador para mim agora que essas coisas podem acontecer e não há mais nada para proteger os doadores", afirmou Nyckoletta.

    Thomas sobreviveu e mora atualmente com a irmã mais velha, Donna Rhorer. Ele se recuperou mas ainda apresenta alguns problemas de memorização, na fala e para se locomover.

    Conforme o procurador-geral de Kentucky o caso está sendo revisado por investigadores. A Administração Federal de Recursos e Serviços de Saúde também está responsável pelo caso, investigando as alegações.

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