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    Investigação

    Bebê 'vivo' no caixão: perícia aponta o que aconteceu em velório

    Caso aconteceu em Santa Catarina, no Sul do Brasil

    Publicado 21/10/2024 às 12:17 | Autor: Enfoco
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    A funerária responsável pela cerimônia também relatou o episódio
    A funerária responsável pela cerimônia também relatou o episódio |  Foto: Reprodução

    O Ministério Público divulgou, nesta segunda-feira (21), que o laudo cadavérico da bebê Kiara, de 8 meses, retirada do próprio velório em Santa Catarina, no Sul do Brasil, não apresentou sinais vitais durante a cerimônia fúnebre.

    O caso ocorreu no último sábado (19) no município de Correia Pinto. Durante o velório, parentes notaram que a criança, diagnosticada com uma virose e sob cuidados médicos, aparentemente movia a mão.

    A funerária responsável pela cerimônia também relatou o episódio. Após a chegada dos bombeiros, exames foram realizados e indicaram batimentos cardíacos fracos, mas a criança apresentava pupilas contraídas e edemas no pescoço.

    Laudo do MP

    Segundo o portal G1, o documento feito em caráter de urgência em resposta ao pedido do órgão, aponta diversas razões para explicar os batimentos e a temperatura corporal.

    O laudo, que é sigiloso devido à idade da criança, concluiu que não houve sinais vitais reais durante o velório e que a morte ocorreu por volta das 3h do mesmo dia, conforme o atestado de óbito emitido pelo hospital.

    O MP investiga a possibilidade de negligência no atendimento, aguardando um laudo anatomopatológico que deve ser divulgado em 30 dias.

    Versão dos bombeiros

    Os bombeiros foram chamados cerca de 19h e, após novos exames, constataram 84% de saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto, mas o eletrocardiograma não registrou atividade elétrica.

    O pai da bebê relatou que a filha foi atendida anteriormente no hospital e liberada com diagnóstico de virose. Ele expressou seu desespero ao ver a situação da criança durante o velório.

    Declaração da funerária

    Áureo Arruda Ramos, proprietário da Funerária São José, explicou que recebeu o atestado de óbito e seguiu o protocolo de preparação da criança para o velório.

    Ele enfatizou que a família estava seguindo os procedimentos adequados e que, até o momento da cerimônia, tudo estava conforme esperado.

    Nota da Prefeitura

    A Prefeitura de Correia Pinto através da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, lamentou a situação e reafirmou que a criança foi atendida pela equipe médica que constatou o óbito.

    "A paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança.

    Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito", conclui o comunicado.

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