Músicos do Complexo da Maré se apresentam para o Papa Francisco

Os jovens músicos do Complexo da Maré, da Orquestra Maré do Amanhã (OMA), da Zona Norte do Rio, apresentaram-se durante uma audiência geral no Vaticano, na manhã desta quarta-feira (24). Algumas canções tradicionais argentinas foram tocadas para o Papa Francisco, especialmente a música "Adiós Nonino", uma famosa composição de Astor Piazzolla. As informações são do site “Vaticano News”.

Esta foi a segunda vez que a Orquestra se apresentou para o Papa. A primeira ocorreu em 2017. Na ocasião, os jovens músicos tocaram para outras 400 crianças, além do pontífice, em localidades destruídas pelos terremotos que atingiram o centro da Itália na época.

"É um privilégio sem igual tocar para o Papa pela segunda vez. Poucos grupos no mundo podem dizer que tiveram essa experiência. Nossos alunos, sem exceção, ficaram muito emocionados", afirmou o criador da OMA, Carlos Eduardo Prazeres.

“Acredito que a bênção do Papa possa transformar a vida dos meninos. Já conversei com cada um deles para, na hora, visualizar essa energia passando para o Complexo da Maré. Porque a nossa missão é realmente transformar aquele local. Eles são as nossas ferramentas para essa transformação. E precisam ter essa força, com a benção do Papa, para poderem realizar bem esse trabalho”, disse Carlos, após ser questionado, no início de janeiro, a respeito deste encontro.

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A OMA também irá se apresentar no dia 2 de fevereiro no Teatro Tivoli, em Lisboa, Portugal.

“Nesse regresso à Europa, não havia como não voltarmos a Portugal, depois de termos sido tão bem recebidos pelo público português. Também ficamos com vontade de mostrar em Lisboa o repertório completo, como fizemos nas outras cidades. Os flash mobs foram incríveis. Mas ainda faltava um concerto em Lisboa”, explica Carlos Eduardo.

O projeto Orquestra Maré do Ajante foi criado em 2010. O grupo começou com apenas 26 alunos, mas hoje conta com 4 mil alunos em todo o complexo, com um segundo núcleo criado no Parra. O grupo foi selecionado como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro em 2023.