Perigo
Menina morre após inalar desodorante em desafio viral
Médica fez alerta em vídeo e tia da criança republicou nas redes

Uma menina de 8 anos morreu após participar de um desafio viral que circula nas redes sociais, no qual crianças e adolescentes são incentivados a inalar desodorante aerossol por tempo prolongado. O caso ocorreu no Distrito Federal, e a morte foi confirmada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), neste domingo (13).
Sarah Raissa Pereira de Castro teria participado do chamado "desafio do desodorante", de acordo com relato de uma tia. A brincadeira perigosa é estimulada em vídeos compartilhados principalmente no TikTok, e soma milhares de visualizações.

A médica Daniela, que acompanhou o caso pela regulação de leitos de UTI, publicou um vídeo nas redes sociais em tom de apelo:
Hoje é o dia 11 de abril, 9h30 da manhã. Eu sou médica e também sou mãe. Estou aqui para fazer um alerta importantíssimo. Uma criança de oito anos inalou desodorante num desafio da internet, teve uma parada cardíaca de 60 minutos, foi reanimada, mas evoluiu para morte encefálica. Sem comorbidades, sem nenhuma doença. Por conta de uma brincadeira de muito mau gosto. Mães, pais, conversem com seus filhos. Esses desafios não devem ser feitos. E se alguém encontrar, denuncie
O vídeo da médica chegou à tia de Sarah, que republicou o alerta em seu perfil no Instagram como forma de conscientização. ''Compartilhem por favor! Essa fatalidade aconteceu com minha sobrinha. Divulguem para que chegue no máximo de mães possíveis'', escreveu a familiar.
A tia de Sarah contou ainda, em seu perfil no Instagram, que agora a família arrecada dinheiro, por meio de uma vaquinha, para realizar o enterro da menina.
''A pequena Sarah Raissa Pereira de Castro fez sua passagem hoje (12) aos 08 aninhos e deixou uma lacuna no coração de seus familiares! A família não tem condições de arcar com o funeral, portanto foi feito uma vaquinha para arrecadação'', publicou.
Investigações
A Polícia Civil do DF abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte e identificar os responsáveis pela publicação do conteúdo. Ao G1, o delegado Ataliba Neto informou que, caso seja comprovada a responsabilidade de terceiros na disseminação do desafio, eles podem responder por homicídio duplamente qualificado.


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