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    Segurança

    Indígenas que foram ameaçados em Paraty vão a Brasília

    Vice-cacique da aldeia irá se encontrar com Sonia Guajajara

    Publicado 25/01/2023 às 21:00 | Autor: Enfoco
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    Indígenas, Polícia Militar e integrantes do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), se reuniram  para tratar de assuntos da segurança da aldeia
    Indígenas, Polícia Militar e integrantes do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), se reuniram para tratar de assuntos da segurança da aldeia |  Foto: Divulgação

    A vice-cacique da Aldeia Tekohá Djey, em Paraty, Neusa Kunhã Takuá vai para Brasília nesta quinta-feira (26), onde encontrará a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, para tratar, entre outros assuntos, da segurança da aldeia. Na manhã desta quarta-feira, 25 ela protocolou denúncia no Ministério Público de Angra dos Reis, de invasão ocorrida na aldeia, no início da semana. O caso foi noticiado pelo ENFOCO nesta terça-feira (24). 

    Durante a reunião com o representante da 2ª Cia Independente de Polícia Militar e integrantes do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), na terça-feira, Neusa não obteve nenhuma resposta concreta de ação para proteção da aldeia, por isso ela decidiu à capital federal em busca de providências. Na última segunda-feira (23),um homem invadiu a aldeia e ameaçou os indígenas de morte. O caso foi registrado na 167ª DP (Paraty). 

    A Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) divulgou uma nota informando que a polícia foi acionada para ir ao local e, junto com os moradores, fazer ronda e vigília ao redor da aldeia. O comunicado informa também que a terra indígena em questão está em processo de demarcação e pede que as autoridades tomem ciência do que vem ocorrendo no local e exige resposta e segurança para a comunidade. 

    Neusa explicou que um processo de regularização das terras indígenas tramita na Fundação Nacional do Índio (Funai) e que a reivindicação da aldeia é de 2.370 hectares. Segundo ela, o processo precisa ser encaminhado para o Ministério da Justiça, encarregado de fazer a portaria declaratória do limite. 

    Além da audiência com a ministra Guajajara, Neusa Kunhã participará de uma reunião com entidades ligadas ao movimento indígena. A vice-cacique espera retornar a Paraty com respostas concretas e um plano de segurança que contemple a comunidade.

    Não aguentamos mais ser ameaçados e não ter uma resposta do Estado em defesa da população indígena,” desabafou Neusa Kunhã.

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