Investigação
Ex-BBB e advogada de Deolane suspeita de esquema com jogos ilegais
Em apenas 14 dias foram movimentados R$ 2,5 bilhões
A advogada da influencer digital Deolane Bezerra, Adélia Soares, foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal por falsidade ideológica e associação criminosa envolvendo jogos de azar ilegais no Brasil. A informação é do programa "Fantástico", da TV Globo.
Adélia é dona de um escritório de advocacia e conta com mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais. Além disso, ela participou do Big Brother Brasil, em 2016.
Segundo a Polícia Civil, Adélia abriu uma empresa para que um grupo chinês operasse jogos ilegais no Brasil. Em uma das descrições nas suas redes sociais, a advogada ensina "como fazer sorteios e divulgar rifas sem ser preso em 2024".
De acordo com a investigação, Adélia é a administradora e representante legal da empresa Playflow, que tem sede em Suzano, São Paulo, e é associada a empresa Peach Blossom, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas. Segundo o Fantástico, uma equipe foi até o local da empresa no Brasil, em Suzano, mas não encontrou ninguém relacionado à empresa.
A investigação teve início um funcionário da limpeza de uma delegacia da Polícia Civil ser vítima de um golpe. Na ocasião, ele teria transferido R$ 1.800 para a conta bancária da empresa Playflow. Com isso, o homem teria denunciado o caso.
Segundo Érick Sallum, delegado do caso, Adélia Soares usou documentação falsa para conseguir abrir a empresa no Brasil. “Para uma empresa estrangeira funcionar no Brasil há uma série de regulamentações. O contrato precisa ser traduzido por tradutor juramentado, apostilamento da Haia, nada disso foi feito. É uma empresa ideologicamente falsa”, disse o delgado em entrvista ao Fantástico.
Ainda de acordo com o delegado, foram detectados mais 546 CPFs falsos na investigação. Em apenas 14 dias foram movimentados R$ 2,5 bilhões. Após o caso, o grupo de chineses envolvido no esquema foi intimado.
Como funcionava o esquema?
- O apostador buscava um site de aposta
- Caso ele quisesse jogar, ele fazia o pagamento via pix
- A empresa Playflow recebia essa transferência e enviava os valores para uma instituição de pagamento
- Após isso, o grupo criminoso pegava este dinheiro e mandava para uma casa de câmbio, que enviava os valores para fora do país
- Para realizar esta ação, eles precisavam de CPFs de brasileiros. Além disso, eles usavam dados de pessoas que já morreram, de crianças e até nomes de pessoas que nem sequer existem.
Ao Fantástico, Adélia mandou uma nota comentando sobre o caso. “As acusações feitas contra ela são infundadas e que sofreu um golpe praticado por terceiros, que utilizaram o nome dela de forma indevida e criminosa. E que ela está plenamente ciente dos fatos mencionados e já tomou todas as providências legais cabíveis”, diz o comunicado.
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