Crime
Escola é atacada e tem paredes pichadas com símbolos nazistas em MG
Criminosos depredaram o colégio e picharam suásticas
Uma escola foi alvo de ataques em Contagem, Belo Horizonte, na madrugada desta terça-feira (29). A Escola Municipal José Silvino Diniz foi invadida, depredada e teve paredes pichadas com símbolos nazistas pelos criminosos. Uma exposição sobre o mês da Consciência Negra também foi destruída.
Testemunhas relataram à polícia que a diretora teria sido ameaçada e que o cenário era de destruição: vasos de plantas quebrados, bancos, cadeiras jogadas no meio do pátio, muito lixo no chão, além de cacos de vidros. Em uma pichação, os criminosos se refeririam à diretora: “Me humilha agora diretora”.
O ataque ocorre quatro dias depois de um atirador realizar um massacre em duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, e deixar quatro mortos e doze feridos.
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Nas pichações na escola de Contagem, os criminosos mencionaram um jogo eletrônico chamado Bully. Nele, jogadores controlam um estudante 'endiabrado', que irá enfrentar valentões, ser o bode expiatório de professores, pregar peças, ganhar ou perder a garota e, finalmente, aprender a superar os obstáculos da pior escola da região, o internato onde estuda, depois de ter sido expulso de vários colégios.
Criminosos mencionaram um jogo eletrônico que simula um estudante 'endiabrado' enfrentando valentões
Em nota oficial, a Prefeitura de Contagem informou que as aulas precisaram ser suspensas até o dia 1º de dezembro devido ao estado em que a escola se encontra. Segundo o órgão, Guarda Municipal e a Polícia Militar de Minas Gerais estão atuando para melhorar a segurança na rede pública de ensino.
A nota ainda diz que um outro colégio na mesma região, a Escola Municipal Professora Maria Martins “Mariinha”, também foi alvo de uma tentativa de invasão. “Os criminosos forçaram a entrada por diversos lugares, mas não conseguiram entrar”, afirma.
A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), disse que os ataques são uma ameaça. "Não roubaram nada, mas estão ameaçando. Ameaça à comunidade, aos nossos educadores e cheio de manifestações nazistas”, disse.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou, em nota, que instaurou procedimento investigativo para apurar os fatos. “A perícia oficial foi acionada para realizar os levantamentos de praxe que irão subsidiar a investigação, que tramita a cargo da 3ª Delegacia de Polícia Civil do município”, diz a nota.
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