Logo Enfoco


    Inclusão

    Empresa lança boneca Barbie com Síndrome de Down

    Apae de Niterói acredita que medida traz representatividade

    Publicado 26/04/2023 às 18:37 | Autor: Mendy Ribeiro
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    A boneca possui uma fisonomia com as características da síndrome
    A boneca possui uma fisonomia com as características da síndrome |  Foto: Divulgação/ Mattel

    A inclusão venceu! A empresa Mattel lançou a primeira boneca Barbie com Síndrome de Down nesta terça-feira (25). A fabricante publicou um vídeo nas redes sociais anunciando a novidade. A Associação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae) de Niterói vê com bons olhos esta conquista. 

    A Mattel explicou que a intenção da criação dessa Barbie é permitir que mais crianças tenham a chance de se verem na boneca mais famosa do mundo e assim refletir melhor sobre o que veem ao seu redor e promover um senso de inclusão para crianças em todos os lugares. 

    A representação de pessoas reais em brinquedos é importante para inclusão social

      

    "Isso significa muito! Traz visibilidade, inclusão e representatividade das mulheres reais nos modelos de Barbie. Acredito na educação e na mobilização social. Na minha opinião, esse movimento vai ser responsável por transformações mais profundas e não aquelas que ficam limitadas à legislação. Precisamos de sensibilidade humana e políticas públicas efetivas e inclusivas", pontuou Clara Tavares, que é assistente social da Apae. 

    A empresa trabalhou em parceria com a National Down Syndrome Society (Sociedade Nacional de Síndrome de Down) nos Estados Unidos, também para que a boneca tivesse todas as características físicas de uma menina com Síndrome de Down. Com isso, a Barbie possui olhos mais arredondados, orelhas menores e a ponta do nariz achatada. 

    Além disso, a identidade visual da nova Barbie também trouxe referências em sua roupa e acessórios. O vestido possui tons de amarelo e azul, que são as cores da campanha de conscientização da Síndrome de Down. Outro detalhe está no colar que representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

    A assistente social da Apae Niterói acrescentou ainda que é fundamental com que o conceito seja amplamente discutido nos mais diversos ambientes e contextos para que assim mais iniciativas sejam criadas. A especialista também pontuou que ainda faltam pontos a serem discutidos para uma inclusão de fato na sociedade, pois apenas 10% das crianças com Síndrome de Down são alfabetizadas. 

    "São muitos desafios, a primeira é a inclusão na escola, na educação. E também são raros os casos de pessoas com a síndrome que conseguem ingressar no mercado de trabalho", disse a profissional. 

    A psicóloga e professora do Centro Educacional Anísio Teixeira (Ceat), Ninfa Parreiras, também considera que a boneca com Síndrome de Down representa a diversidade.

    "As crianças podem perceber traços e características que há nas pessoas materializados na boneca. Essa inclusão, a longo prazo, vai impactar a vida de pessoas com Down, porque elas podem se identificar com a boneca. Quanto mais bonecas/os que mostrem a diversidade, mais possibilidades brincantes e associativas. As crianças precisam brincar e construir a imagem de um mundo que é múltiplo, com pessoas diversas, diferentes. Importante que essas bonecas sejam oferecidas a todas as crianças e não somente a um determinado grupo para não provocar exclusão", argumentou a profissional. 

    Tags

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Contas de luz abaixo de R$ 65 podem ser pagas em fatura seguinte

    Próximo artigo
    >

    Justiça inocenta Pezão em caso de improbidade por obras no Maracanã

    Relacionados em Brasil & Mundo