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Concursos da Fundação Carlos Chagas sob suspeita
A Polícia Federal descobriu fraudes em 14 concursos públicos aplicados pela Fundação Carlos Chagas. A Operação Afronta II descobriu que quase 50 candidatos se beneficiaram com a utilização de escutas eletrônicas no momento das provas. Segundo a PF, alguns desse candidatos já estão trabalhando nos cargos que concorreram.
Dois mandados de prisão temporária, quatro mandados de condução coercitiva e dez mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em São Paulo foram cumpridos pela Polícia Federal nesta segunda-feira (18), nas cidades de Campinas (SP) e Maceió. Os demais candidatos envolvidos foram intimados para prestar esclarecimentos.
A primeira etapa da operação foi deflagrada no final do ano passado na cidade paulista de Sorocaba para apurar fraude no concurso público do Tribunal Regional Federal da 3ª Região para os cargos de técnico e analista judiciário. Na época, nove membros da organização criminosa foram indiciados o líder do grupo, o técnico responsável pelos equipamentos eletrônicos, quatro pessoas que desviavam as provas, e três que corrigiam as questões desviadas. Doze candidatos que receberam as respostas através do ponto eletrônico e duas pessoas que também tiveram participação na fraude também foram indiciados.
A Polícia Federal pediu ainda que a fundação Carlos Chagas fornecesse os gabaritos de respostas de todos os candidatos destes concursos suspeitos para que fossem entregues à perícia. O sistema também encontrou indícios de cópia de respostas entre candidatos, uma “cola”, em outros 24 certames.
Os candidatos serão indiciados pelo crime de fraudes em certames de interesse público, cuja pena varia de um a quatro anos de reclusão, e pelo crime de associação criminosa, cuja pena varia de um a três anos de reclusão.
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