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    Aborto legal

    Bolsonaro diz ser 'inadmissível' aborto de menina estuprada em SC

    Declaração foi publicada em rede social

    Publicado 24/06/2022 às 14:52 | Autor: Enfoco
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    Presidente diz que 'não se discute a forma que ele [bebê] foi gerado'
    Presidente diz que 'não se discute a forma que ele [bebê] foi gerado' |  Foto: Isac Nóbrega/PR

    O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (23) ser 'inadmissível' o procedimento de aborto legal feito pela menina de Santa Catarina que engravidou ao ser estuprada quando tinha apenas dez anos. A cirurgia de remoção do feto foi realizada no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, de Florianópolis.

    "A única certeza sobre a tragédia da menina grávida de 7 meses é que tanto ela quanto o bebê foram vítimas, almas inocentes, vidas que não deveriam pagar pelo que não são culpadas, mas ser protegidas do meio que vivem, da dor do trauma e do assédio maligno de grupos pró-aborto", publicou no Twitter.

    Segundo o Ministério Público Federal (MPF), representantes do hospital, que é vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), comunicaram que as providências necessárias à interrupção da gestação já tinham sido adotadas.

    Na quarta-feira (22), a procuradora da República Daniele Cardoso Escobar enviou à superintendente do hospital universitário, Joanita Angela Gonzaga Del Moral, uma recomendação para que o estabelecimento cumprisse o que a legislação brasileira determina e realizasse o aborto legal.

    No ofício, a procuradora recomendou à superintendente que garantisse 'a pacientes que procurem o serviço de saúde a realização de procedimentos de interrupção da gestação nas hipóteses de aborto legal, independentemente da idade gestacional e peso fetal, sendo desnecessária qualquer autorização judicial ou comunicação policial'.

    O Código Penal autoriza a interrupção da gravidez em caso de violência sexual, sem qualquer restrição quanto ao tempo de gestação e sem necessidade de autorização judicial.

    Ao tornar público a realização do aborto, o MPF lamentou 'a triste situação ocorrida e reafirmou seu compromisso em zelar pelo efetivo respeito aos direitos fundamentais consagrados na Constituição Federal'. 

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