Depoimento
Assédios de Silvio de Almeida começaram em 2022, diz Anielle à PF
Segundo a ministra, os abusos iniciaram na transição de governo
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, revelou em depoimento à Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (2), que os abusos cometidos pelo ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, começaram já durante o período de transição de governo, em 2022.
O depoimento foi dado como parte da investigação que apura denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-titular da pasta dos Direitos Humanos, cargo que ele ocupou de janeiro de 2023 até setembro deste ano, quando foi exonerado pelo presidente Lula (PT).
Anielle detalhou que as condutas de Almeida se agravaram ao longo do tempo e chegaram a escalonar em episódios de importunação sexual, inclusive durante viagens internacionais.
Silvio Almeida, por sua vez, continua negando as acusações, classificando-as como "ilações absurdas". Além disso, o ex-ministro reitera que ele próprio pediu a investigação das alegações enquanto ainda ocupava o ministério.
Mais influentes
Em paralelo ao depoimento, Anielle Franco foi reconhecida nesta quarta internacionalmente ao ser incluída na lista das 100 pessoas mais influentes da nova geração, elaborada pela revista "Time".
''É uma honra estar ao lado de tantas pessoas que estão lutando por um mundo mais justo e igualitário. Este reconhecimento é, na verdade, um reflexo do trabalho coletivo por uma sociedade onde a igualdade racial e a justiça social sejam realidade'', destacou a ministra ao portal do Governo Federal. Ela também dedicou a homenagem às mulheres negras e às comunidades periféricas do Brasil.
Nomes como a cantora Sabrina Carpenter e o jogador de basquete Jaylen Brown também figuram na lista. Essa não é a primeira vez que a ministra recebe reconhecimento da "Time", que a elegeu uma das mulheres do ano em 2023.
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