Esportes
Primeiro jogo de Paulo Sousa no Flamengo traz otimismo, variações e dúvidas
O técnico Paulo Sousa fez sua estreia pelo Flamengo na noite desta quarta-feira (2). Com uma equipe mista, o Rubro-Negro mostrou bom repertório, uma nova formação tática e passou por cima do Boavista com facilidade, vencendo por 3 a 0 - gols de Marinho, Pedro e Gabigol.
Destaques
Outro estreante da noite, o atacante Marinho deixou tudo em campo e acabou ovacionado. Mesmo substituído já no intervalo, ele teve tempo de marcar seu gol, deixar os companheiros em boas condições de marcar e ainda mostrar muita raça. O camisa 11 dedicou seu gol ao pai, rubro-negro de coração.
Quem também brilhou foi Vitinho. No clube há alguns anos, ele iniciou a temporada dando as três assistências da partida e abrindo ainda mais o leque do técnico português. Mostrando boa movimentação, o ponta infernizou o lado direito da defesa do Boavista.
Variações
As variações táticas também chamaram a atenção. Paulo iniciou a partida com um inovador 3-4-3 - sendo dois dos três defensores oriundos da base, os jovens Noga e Cleiton. Sem a bola, os alas recuavam, formando um 5-4-1 com duas sólidas linhas além do centroavante pressionando a saída de bola.
O meio-campo mostrou dinamismo, com boas atuações de João Gomes e Thiago Maia. Com a saída de três e as linhas altas, o Rubro-Negro praticamente não permitiu que o adversário ficasse com a bola. Destaque também para Matheuzinho, bastante participativo como ala; já Renê teve atuação mais discreta.
Na segunda etapa, com a entrada de Gabigol, o Flamengo voltou a ter dois centroavantes de ofício juntos variando para um 3-5-2. E deu certo: com boa movimentação, ambos marcaram e mostraram que é possível jogar com duas peças de frente sem perder a mobilidade.
Também chamaram atenção as entradas de Everton Ribeiro na vaga de Renê, voltando a atuar como uma espécie de ala; e a participação de Rodinei, que também entrou jogando aberto pela esquerda - devolvendo Everton ao lado direito do campo.
Promissor, mas não brilhante
Nem tudo foram flores, como de se esperar. Como em qualquer início de trabalho, erros foram cometidos e alguns jogadores - como Cleiton e Renê, por exemplo - mostraram maior dificuldade de entender as movimentações necessárias; principalmente diante de uma alta rotatividade tática.
Mas o panorama parece bastante promissor, sobretudo com o português bastante agitado à beira do campo. O Flamengo voltou a ter um plano tático depois de equipes bagunçadas com Rogério Ceni e Renato Gaúcho. Dar certo em relação a títulos é consequência de bola e campo, mas o treinador demonstrou entender do riscado.
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