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    Maricá perde para o Pérolas em disputa insana de pênaltis e é vice na Copa Rio

    Publicado 10/11/2021 às 17:42 | Autor: Pedro Chilingue
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    Imagem ilustrativa da imagem Maricá perde para o Pérolas em disputa insana de pênaltis e é vice na Copa Rio
    |  Foto: Foto: Jhonathan Jeferson
    Lelê foi muito bem marcado pela zaga do Pérolas Negras, mas teve boa atuação. Foto: Jhonathan Jeferson

    Após novo empate por 1 a 1 no tempo regulamentar nesta quarta-feira (10), numa partida muito disputada até o final, o Pérolas Negras superou o Maricá em disputa insana nos pênaltis, por 7 a 6, no Alzirão, em Itaboraí, e ficou com o título da Copa Rio 2021. Além da taça, a equipe de Resende poderá escolher entre uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro ou na Copa do Brasil na próxima temporada. A opção preterida fica para o vice-campeão.

    Aproveitando a atmosfera positiva, diante da presença de cerca de 350 torcedores nas arquibancadas, o Maricá tentou uma pressão inicial. A primeira chance aconteceu logo aos 2 minutos, quando Rafael França recebeu na linha de fundo pela direita e cruzou alto, no segundo pau, para cabeçada de Mauro - parando nas mãos do goleiro Luiz Felipe.

    Aos 8, em grande jogada individual, Luan Gama driblou três adversários na ponta esquerda antes de cruzar de perna trocada. A bola chegou no lateral Magno, no segundo pau, que subiu mais que a defesa e cabeceou para fora. Ainda tímidos, os visitantes tentavam chegar na base das bolas paradas, mas sem muito sucesso.

    A primeira chance perigosa do Pérolas saiu aos 10. Aproveitando a falta de comunicação do lado direito defensivo do Maricá, Vitinho chegou forte à linha de fundo e cruzou forte no primeiro pau, encontrando Davi - que testou por cima do travessão e assustou o goleiro Arthur.

    Com muitos erros na saída de bola, o Maricá permitiu que o Pérolas entrasse na partida e igualasse a posse de bola. Sentindo muita falta da dinâmica do volante Dedé, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, a equipe da casa não conseguia acelerar a criação a partir do seu campo de defesa.

    Aos 15 minutos, Walber recebeu na intermediária e deu lindo giro de corpo, enfiando a bola para o atacante Lelê. Ele dominou no mano a mano pela esquerda, cortou bem o zagueiro Carlão para dentro e limpou a jogada para fazer o gol - mas caprichou demais na finalização e carimbou o pé da trave. No rebote, a bola voltou nas mãos do goleiro Luiz Felipe.

    Depois da parada técnica, aos 20 minutos, o jogo ficou mais truncado e com menos chances claras. Embora continuasse com o domínio da posse de bola, o Maricá seguia errando no último terço e possibilitando os contra-ataques puxados, principalmente, pelo ponta Garrinsha.

    Apesar da superioridade na primeira metade do primeiro tempo, a equipe maricaense não apresentava a mesma solidez tática de sempre. Isto porque o técnico Marcus Alexandre optou pelo zagueiro Áthylla para substituir o volante Dedé - mas não alterou o esquema de jogo. Desta forma, o novo titular acabou ficando sem posicionamento definido e, sem ter as mesmas características de jogo do atleta suspenso, acabava prejudicando o padrão da equipe.

    Nos últimos 15 minutos, foi o time de Resende que dominou as ações. Embora não tenha criado problemas para o goleiro Arthur, o Pérolas Negras ocupou melhor o campo de ataque e soube explorar os espaços deixados pela indecisão tática dos mandantes. Destaque para o lateral Vitinho e o atacante Garrinsha, com boas tramas pelo lado esquerdo.

    Aos 43, em bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Garrinsha emendar de primeira à queima-roupa. A bola explodiu no braço do zagueiro Heltton e o árbitro assinalou o pênalti. Na cobrança, Davi mandou no canto esquerdo - enquanto o goleiro Arthur voou no canto oposto. Vantagem no placar para os visitantes logo antes do intervalo.

    Segundo tempo

    Sem substituições, a partida voltou em ritmo forte. Em menos de um minuto, uma chegada forte de cada lado: Garrincha pegou a sobra na área mas acabou errando o chute - e deixou a bola para Andinho, que furou o chute. No contra-ataque, o Maricá chegou em lançamento de Mauro para Lelê, mas o goleiro Luiz Felipe levou a melhor na dividida.

    Aos 6 minutos, o técnico Marcus Alexandre promoveu a primeira alteração na equipe maricaense. Saiu o volante Sidney para a entrada do centroavante Badola. A escolha do treinador fez com que a equipe continuasse com três zagueiros em campo - sendo Áthylla improvisado como volante.

    Logo em seguida, aos 7, o zagueiro Carlão pegou a bola com liberdade na intermediária e soltou um míssil na direção do gol. O goleiro Arthur, no meio do gol, salvou como pôde - e, na sobra, Índio chegou para cortar de qualquer jeito. No escanteio, a zaga afastou o perigo e evitou o pior.

    Aos 12 minutos, o zagueiro Índio sentiu a panturrilha direita e pediu substituição. Em seu lugar, entrou o volante Luan Patric - reorganizando taticamente a equipe no meio-campo. Sem conseguir colocar a bola no chão, o Tsunami da Região Oceânica não conseguia organizar uma pressão em busca do empate.

    Em mais uma jogada perigosa pela esquerda, Vitinho passou com facilidade por Rafael Gama e cruzou na cara do gol para Davi, que subiu livre e perdeu uma chance incrível ao cabecear para fora, de frente para a meta de Arthur. O lance foi muito lamentado pelos companheiros e também pelo treinador, Gilmar Estevam.

    Depois de ótima triangulação no meio-campo aos 24, em rara saída de bola organizada do Maricá, Walber esticou a bola para Luan Gama na esquerda e o lateral ganhou a dividida contra Belarmino, ficando livre na ponta da área. Ele cruzou rasteiro no segundo pau encontrando o centroavante Badola, que se atirou na bola para empurrar para a rede.

    Aos 35, Lelê recuperou a bola após lançamento longo de Luan Patric e fez boa jogada individual pela esquerda. Ele cruzou rasteiro na entrada da área e Badola desviou para trás, fazendo a posse chegar para o volante Rafael França. Ele ajeitou o corpo e soltou a bomba, mas mandou por cima da meta.

    A equipe maricaense conseguiu uma falta perigosa na entrada da área aos 40 minutos. Na cobrança, o atacante Lelê cobrou com força e muito efeito, carimbando o travessão em uma grande chance de virar o placar. No rebote, após muita confusão na área, a defesa do Pérolas Negras conseguiu afastar o perigo.

    Mesmo sem repetir as boas atuações que o levaram à decisão da Copa Rio, o Maricá conseguiu aumentar o volume de jogo e preencher o campo de ataque com mais efetividade. Aos trancos e barrancos, após conseguir o empate, a equipe da casa pressionava em busca do vira-vira. Já os visitantes tentavam encaixar um contra-ataque para matar o jogo.

    O Maricá tentou chegar ao segundo gol através do tradicional 'chuveirinho', mas não obteve sucesso. O juiz deu sete minutos de acréscimo mas, mesmo com o jogo paralisado durante quase todo o período extra devido a atendimento médico a Matheus Guedes, do Pérolas Negras, a partida foi encerrada aos 52 minutos. O título seria decidido nas penalidades.

    Pênaltis

    No cara ou coroa entre o goleiro Luiz Felipe e o zagueiro Áthylla, ficou decidido que o Maricá abriria as cobranças da decisão. Com a primeira bola, o lateral-direito Magno mirou o canto direito e viu o arqueiro voar para espalmar. A bola ainda bateu na trave, mas não entrou. Na sequência, Josimar bateu forte e superou o goleiro Arthur, abrindo 1 a 0.

    Mauro abriu a segunda rodada e deslocou o goleiro, colocando no canto esquerdo enquanto Luiz Felipe pulou para o lado oposto. Do lado do Pérolas Negras, Carlão assumiu a segunda batida e isolou por cima do gol, deixando tudo igual na disputa decisiva.

    A terceira ronda começou nos pés do centroavante Badola, que marcou o gol do Maricá no tempo regulamentar. Com personalidade, ele caminhou até a bola e jogou na bochecha da rede, sem chances para Luiz. Em seguida, Davi, que também balançou a rede durante a partida, cobrou com muita categoria e deixou tudo igual em 2 a 2.

    Luan Gama assumiu a quarta cobrança. Mais uma bola no canto, superando o goleiro Luiz - que acertou o canto em quase todas as cobranças. Cristian, pelos visitantes, colocou bola num lado e goleiro no outro, igualando a disputa novamente.

    A quinta e última bola ficou nos pés do meia Walber. O camisa 10 carimbou o pé da trave e rolou lentamente até bater no goleiro Luiz e sair. Com o desperdício da equipe maricaense, a cobrança decisiva ficou nos pés do também camisa 10 Andinho. Ele gingou na corrida até a bola e bateu de canhota, mandando à direita da meta e recolocando o Maricá na disputa.

    https://www.youtube.com/watch?v=M3n5EXnCZD0

    Nas cobranças alternadas, o atacante Lelê soltou a bomba à meia altura, quase no meio, e facilitou para o goleiro Luiz Felipe defender. Novamente com a bola do jogo, o Pérolas foi com o zagueiro Vitão - que, mais uma vez, desperdiçou a chance do título ao mandar por cima do travessão.

    Luan Patric foi para a bola e bateu fraco e o goleiro Luiz acertou o canto mais uma vez, mas acabou espalmando para dentro do gol. A responsabilidade caiu no colo de Léo Garcia, que bateu no meio do gol, rasteiro. O goleiro Arthur, que tentou adivinhar o canto em todas as cobranças, saltou à direita e não conseguiu a defesa.

    Bola na marca da cal para o zagueiro Heltton. Após pegar muita distância, o zagueiro enganou Luiz ao colocar no cantinho ao invés de soltar o pé. Após ser decisivo no gol, Luiz Felipe resolveu bater. Na cobrança, ele bateu forte, no alto, e quase acertou a gaveta - sem chances para Arthur.

    O zagueiro Áthyla assumiu a batida. De pé direito, ele colocou no canto e venceu o goleiro Luiz Felipe por muito pouco. Magrão, defensor do Pérolas, bateu de canhota, também na bochecha da rede, em uma das melhores cobranças de toda a disputa.

    Sobrou a cobrança para o goleiro Arthur, na 10ª cobrança. Com a bola à meia altura, Luiz Felipe fez mais uma grande intervenção e saltou para espalmar para fora. O volante Joel, da equipe resendista, partiu para a cobrança e viu Arthur fazer sua primeira defesa na disputa de pênaltis.

    O ciclo de cobradores, então, se reiniciou. A bola voltou para o centroavante Badola - que bateu mal e parou em nova grande defesa de Luiz Felipe. Davi, primeiro batedor do Pérolas Negras, enfim colocou um ponto final na grande disputa. Vitória dos visitantes por 7 a 6.

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