Esportes
Classificação do Galo tem confusão, pancadaria e jogadores na delegacia
Apesar da classificação heroica do Atlético-MG sobre o Boca Juniors, nos pênaltis, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, a noite não terminou bem no Mineirão. Após o duelo, houve muita confusão envolvendo as duas delegações e a briga foi parar na delegacia.
O clima ficou quente desde o gramado, quando a equipe argentina se revoltou com um gol anulado pelo árbitro de vídeo - que daria a classificação aos visitantes. Weigandt aproveitou falha de Éverson e mandou para a rede, mas o VAR assinalou impedimento de González na origem do lance. Foram cerca de cinco minutos de paralisação para revisão, o que acabou irritando ainda mais os times.
Após a vitória nos pênaltis, a equipe mineira festejou em campo enquanto os argentinos se retiraram para o vestiário. Foi quando a confusão começou. Jogadores e comissão técnica do Boca, ainda no túnel de acesso, iniciaram uma briga generalizada com os seguranças do estádio. Grades de proteção, garrafas d'água, itens de aquecimento e até um bebedouro foram utilizados durante as agressões.
O tumulto aumentou ainda mais com a chegada dos jogadores do Galo. Xingamentos e agressões foram registrados em vídeo - que circulam na web desde o início da madrugada desta quarta-feira (21). A situação só foi controlada com a chegada da polícia militar, que precisou utilizar spray de pimenta para dispersar a aglomeração e separar as duas delegações.
Segundo a PM, pelo menos oito membros da delegação do Boca Juniors, entre jogadores e comissão técnica, vão responder por três crimes: lesão corporal, agressão e depredação de patrimônio público. O goleiro Javier Garcia, os zagueiros Carlos Zambrano, Carlos Izquierdoz e Marcos Rojo, o atacante Sebastián Villa, o preparador de goleiros Fernando Gayoso, o auxiliar Leandro Somoza e o dirigente Raul Cascini são alguns dos nomes já identificados pelas câmeras e relatos de arbitragem e seguranças.
Os policiais, ainda nas proximidades dos vestiários, diante da situação, afirmaram que conduziriam dois atletas já identificados à delegacia e deram duas opções a dirigentes do clube argentino: serem escoltados até o aeroporto ou permanecer em Belo Horizonte até a resolução do caso. Os mandatários preferiram permanecer em solo brasileiro.
O Atlético-MG detalhou a situação e expôs o seu lado através das redes sociais. Por outro lado, o vice-presidente do Boca Juniors, o ex-jogador Juan Román Riquelme, reclamou muito do cenário encontrado no Brasil.
"O que está acontecendo é lamentável. É vergonhoso. Podemos jogar o dia todo que, se assinalarem nossos gols, não vamos passar. Não dois deixaram avançar, essa é a verdade. E agora querem prender algum jogador", bradou.
A Conmebol aguarda o relato completo da arbitragem para tomar providências. É bastante provável que punições severas sejam aplicadas aos brigões.
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